1,35 milhões de euros para apoiar a cultura

A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML), a GDA – Gestão dos Direitos dos Artistas, a Audiogest (Entidade de Gestão de Direitos dos Produtores Fonográficos em Portugal) e a GEDIPE (Associação para a Gestão Coletiva de Direitos de Autor e de Produtores Cinematográficos e Audiovisuais) criaram o Fundo de Solidariedade com a Cultura para apoiar profissionais dos espectáculos e das actividades culturais.

Este fundo arranca com 1,35 milhões de euros destinados aos profissionais afectados pela pandemia da Covid-19, devido ao período em que as suas actividades se encontravam suspensas.

Amanhã, dia 20, o fundo receberá a totalidade da receita líquida de bilheteira dos 21 concertos que irão decorrer em teatros municipais, de norte a sul do País, no âmbito do festival Regresso ao Futuro, organizado pela produtora Sons em Trânsito. Também as sessões do espectáculo By Heart, de Tiago Rodrigues, nos dias próximos dias 20 e 21, no Teatro Nacional D. Maria II, revertem para este Fundo.

A SCML irá gerir o fundo e fazê-lo chegar aos seus destinatários, contribuindo com 150 mil euros. A GDA e a Audiogest contribuem com 500 mil euros e a GEDIPE disponibiliza 200 mil euros.

«Para além dos 500 mil euros que a GDA destinou ao apoio directo dos artistas seus cooperadores, sempre defendemos que nesta crise pandémica se deveria concretizar o espírito que, nas profissões do espectáculo e do audiovisual, somos todos uma família com interesses comuns e com espírito de solidariedade», afirma Pedro Wallenstein, presidente da GDA.

Miguel Carretas, director-geral da Audiogest, afirma que «perante a situação de crise em que todo o sector cultural foi lançado e a falta de um verdeiro fundo de emergência para socorrer os profissionais do sector, a Audiogest não podia deixar de prestar este apoio solidário».

«A Cultura é um pilar fundamental para o bem-estar de uma sociedade e é, naturalmente, uma área estruturante e integrada na missão da SCML, sendo uma ferramenta fundamental no âmbito da intervenção que tem, diariamente, junto da comunidade», afirma Filipa Klut, administradora da Santa Casa para a área da Cultura.

Para Paulo Santos, director-Geral da GEDIPE, «este projecto para nós é algo que nos deve orgulhar, pois é nestes momentos conturbados e difíceis para os profissionais das indústrias culturais que a solidariedade de todos deve prevalecer na defesa dos profissionais que viram de um momento para o outro as suas vidas viradas do avesso, não esquecendo também as pequenas e micro empresas que se debatem pela sustentabilidade dos seus negócios».

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