12 indústrias que os Millennials estão a matar (ou não)
Narcisistas, imaturos e sem qualquer tipo de ligação à sociedade. É desta forma que os Millennials são, por vezes, retratados, o que leva a que sejam considerados um risco para alguns negócios. Segundo a CBInsights, os especialistas têm alertado para a possibilidade de esta geração estar a matar dezenas de indústrias, mas a realidade pode não ser bem assim.
Se é verdade que a entrada dos Millennials na idade adulta coincidiu com o declínio de algumas marcas de luxo, cadeias de restauração e grandes armazéns, também é verdade que não se trata somente de um ponto final ao consumo. Os Millennials continuam a gostar de marcas de luxo, mas preferem alugar os produtos em vez de os adquirir, por exemplo.
Tendo por base a realidade norte-americana, CBInsights indica que existem pelo menos 12 indústrias/negócios/momentos de consumo de que os Millennials são acusados de matar mas que apenas sofreram algumas alterações: cereais, refeições fora de casa, grandes armazéns, bens de luxo, televisão por cabo, ginásios, queijo americano, cerveja, atum em lata, motociclos, golf e passas.
Olhando para os cereais, não é que esta geração tenha deixado de gostar deste produto – apesar de as vendas terem caído 17% ao longo da última década. O problema poderá estar na quantidade de açúcar que a maioria das opções disponíveis oferece. Nunca houve uma geração tão preocupada com a sua saúde como os Millennials, o que significa que não estão interessados em consumir cereais todos os dias ao pequeno-almoço. Por outro lado, poderão recorrer aos cereais como snack.
Na cerveja, verifica-se um comportamento semelhante. Os Millennials gostam de cerveja mas privilegiam alternativas ao mercado de massas: em vez de optarem por uma Heineken, escolhem uma cerveja artesanal. Além disso, existe uma oportunidade de mercado no campo das bebidas sem álcool, uma vez que os consumidores mais jovens parecem beber cada vez menos. Inovação deverá ser palavra de ordem para as cervejeiras se manterem na corrida.
“As indústrias não estão a ser ameaçadas pelos próprios Millennials. A ameaça chega de marcas mais jovens e flexíveis que se ajustaram aos hábitos e preferências dos Millennials e que estão a aproveitar activamente essas informações para desbloquear potencial de mercado”, resume a CBInsights. Conveniência, personalização e sustentabilidade são três das prioridades desta geração e devem ser tidas em conta.