10 tendências no online para 2020
Por MindSEO
Para dar início à nova década, a MindSEO reuniu as principais tendências no online a que deve dar especial atenção para manter a sua empresa relevante num ambiente cada vez mais competitivo e complexo. Conceitos como a automação de marketing, machine learning e optimização de pesquisas por voz remetiam para conceitos ambiciosos futuros. Hoje, estes conceitos fazem parte das principais tendências no online e são uma preocupação para grande parte dos negócios.
1 – Automação de Marketing com Machine Learning. As campanhas de marketing estão na base de qualquer estratégia digital, pelo seu potencial de alavancar o ROI e difundir a comunicação. Para uma maior eficácia das estratégias de marketing digital é necessário que existam fluxos de automação que permitam a uma empresa ser relevante e segmentar a comunicação tendo em conta o estágio de compra, de forma a impactar o utilizador no momento ideal. Implementar tecnologias de machine learning, com modelos preditivos, permite analisar a eficácia dos fluxos de automação, através de métricas relevantes – CTR, taxas de abertura, taxas de cliques, entre outros – e, assim, auxiliar no seu ajuste para possibilitar e detectar oportunidades de automação de forma autónoma;
2 – Voice Commerce. Esta é uma tecnologia que está a revolucionar o mercado de e-commerce, onde o processo de compra online é feito através de ferramentas de reconhecimento de voz. Nos EUA, em 2019, os utilizadores de assistentes digitais rondaram os 120 milhões e 9 em cada 10 empresas procuram oferecer soluções de voz. Um exemplo de um desenvolvimento de solução diferenciadora no mercado é a openWorld, uma startup portuguesa que pretende facilitar o processo de integração de uma loja online com os assistentes digitais. A integração da openWorld permite implementar o voice commerce de forma rápida e simples no website de e-commerce e integrá-lo com vários assistentes digitais já existentes, como o Siri, Google, Alexa e Cortana, “all in one place”. Este serviço SAAS pretende antecipar e responder às mais recentes tendências, proporcionando aos utilizadores uma experiência unificada e similar em todos os dispositivos;
3 – Live Video/Streaming para audiências personalizadas. Recentemente, o vídeo e o streaming têm-se tornado cada vez vais populares e apreciados graças a plataformas como o YouTube. De acordo com a HubSpot, 54% dos consumidores esperam mais conteúdo em vídeo por parte das marcas e empresas que seguem, como forma de gerar uma maior envolvência com a marca. A aposta no relacionamento com o cliente para retenção é fundamental e o vídeo em tempo real é um forte contributo. No entanto, a comunicação torna-se mais eficaz quando realizada para uma audiência segmentada/personalizada, seleccionada tendo em conta aspectos de segmentação demográficos, psicográficos, comportamentais e geográficos. Isto permite comunicar e alcançar um público com um interesse real na marca/produto, oferecendo informações relevantes e que vão ao encontro das necessidades. Plataformas como o Facebook Live, Instagram Live, ou até mesmo os próprios websites são locais perfeitos para uma interacção em tempo real com o utilizador;
4 – Content Marketing Experiences. Num ambiente inundado por conteúdo, todos se tentam destacar de algum modo. É cada vez mais fundamental que as marcas ofereçam conteúdo interessante, interactivo e orientado, por forma a proporcionar experiências únicas. Para dar resposta a este desafio, uma das alternativas que tem vindo a ganhar maior preferência é o marketing de conteúdo interactivo. Esta estratégia de marketing é capaz de envolver o utilizador de forma activa, proporcionando um maior potencial de engagement e afectividade pela marca. O marketing interactivo foca-se nas acções individuais sendo, por isso, uma estratégia de marketing “one-to-one”, cujas iniciativas são desencadeadas consoante os comportamentos e preferências do utilizador com o objectivo de resolver problemas, atender às necessidades e expectativas e garantir uma melhor experiência;
5 – Publicidade hipersegmentada. A personalização continua a ser tendência e prevê-se que seja maior em 2020. Os utilizadores esperam um alto conhecimento por parte das marcas: quem são, quais as suas preferências, que conteúdos desejam visualizar e qual o momento exacto para ser impactado com a mensagem. A publicidade hipersegmentada com base na intenção de compra e geolocalização é uma estratégia para atingir esse exigente nível de personalização. Um exemplo de aplicação que permite recolher dados em tempo real através da geolocalização para impactar o utilizador com informação útil no momento certo é o Waze. Também através de ferramentas de digital intelligence, como o S.O.N.A.R., ou plataformas de análise de tendências, é possível obter dados úteis (quais as keywords utilizadas para determinada pesquisa, tópicos de interesse, sazonalidade, entre outros) para impactar cada consumidor com o conteúdo que melhor se adequa aos seus interesses;
6 – Estratégia de conteúdo baseada no modelo E-A-T – Expertise, Authoritativeness, Trustworthiness. Em Agosto de 2019, o Google publicou um artigo no Google Webmaster Central Blog com as suas principais actualizações e o que as empresas devem fazer com elas. Entre estas, recomenda a leitura e compreensão das Search Quality Rater Guidelines e do E-A-T. As marcas necessitam de criar conteúdo baseado em experiência, autoridade e confiança. Empresas que enfrentem uma crise online, má reputação, problemas de gestão de clientes, problemas de segurança do website e outros problemas de confiança terão uma maior dificuldade em competir online. É fundamental que o conteúdo seja excepcional. Se a estratégia de conteúdo se focar no desenvolvimento de conteúdo bem estruturado, relevante para o utilizador e baseado no modelo E-A-T, tem tudo para ser bem-sucedido;
7 – Optimizar para Dados Estruturados e Featured Snippets. O conteúdo de alta qualidade continuará a ser importante. No entanto, em 2020 é necessário trabalhar para fornecer aos motores de pesquisa uma melhor compreensão e entrega de resultados com base na intenção de pesquisa do utilizador. Uma vez que os algoritmos podem não entender completamente o contexto, o conteúdo e os snippets devem ser estruturados de maneira a ajudar os motores de pesquisa a entender melhor o que contém a página, como cada elemento se relaciona com outros elementos da página e como a página se relaciona com outras páginas do website. Desta forma, o objectivo do conteúdo será mais claro e a possibilidade de ser recomendado para determinada pesquisa será maior;
8 – Aumento da Quota de Mercado dos “Outros Motores de Busca”. Dada a forte dependência dos utilizadores pelos motores de pesquisa para navegar e encontrar todo o tipo de informação, é importante que os profissionais de marketing conheçam as preferências de pesquisa dos utilizadores e optimizem as suas plataformas para diferentes motores de pesquisa. Apesar de o Google liderar as pesquisas online, com uma quota de mercado superior a 90% em 2019, existem outros motores de busca alternativos a oferecer o mesmo valor. Motores de pesquisa como o Bing, o Baidu, o Yandex e o DuckDuckGo, têm aumentado as suas quotas de mercado e continuarão a crescer em 2020. O DuckDuckGo pela sua preocupação com a privacidade dos utilizadores, tem vindo a registar um aumento considerável no número de pesquisas. Em 2019, registou mais de 36 milhões de pesquisa por dia, valor este que duplicou face ao ano anterior. Em 2020, as pesquisas diárias já ultrapassam os 41 milhões;
9 – Unified Commerce. Com o uso crescente de diferentes canais no acto de compra, os utilizadores esperam que a sua experiência seja a mais fluída e harmoniosa possível. Contudo, segundo um estudo do Salesforce, mais de metade dos consumidores declaram ser confrontados com experiências de compra desconectadas entre os diferentes canais utilizados; e que as marcas não dispõem das ferramentas necessárias para fornecer um serviço de excelência ao cliente. O conceito do “unified commerce” promete revolucionar o mercado retalhista, já que se trata de um novo modelo de comércio, no qual todos os processos de gestão, vendas, logística e suporte são centralizados numa única plataforma. Mais do que adoptar estratégias multichannel – rentabilizar as vendas em diferentes canais – ou omnichannel – cuja preocupação também incide sobre a experiência do cliente nesses canais –, o unified commerce agrega todos os aspectos que possam ter impacto na experiência do cliente: inventário, staff, sistemas, canais, entre outros, e regista todas as interacções entre o cliente e o vendedor. O objectivo é fornecer uma jornada de compra consistente, unificada e de qualidade superior;
10 – NLP e Conversational Analytics. NLP (sigla para Natural Language Processing; Processamento de Linguagem Natural em português) é um ramo da Inteligência Artificial que permite interacções entre computadores e humanos com recurso a linguagem natural. É uma área em constante evolução, uma vez que, para funcionar, o sistema tem de desenvolver uma taxonomia ou conhecimento. Ou seja, deverá “aprender” a classificar termos, de modo a processar o que é dito, o que requer um trabalho considerável de machine learning e de afinação de regras de linguagem. Um bom exemplo é o de um assistente virtual, que permite acompanhar ou agilizar todo o processo de compra. No entanto, o NLP tem um grande potencial na avaliação da experiência do utilizador já que, através dos registos de interacções entre o cliente e o sistema bem como análises de conversação, é possível compreender a audiência, melhorar sistemas e aplicações, encontrar erros em tempo real, descobrir nichos por explorar, antecipar expectativas e entregar a melhor experiência ao utilizador.
Todos os anos surgem novas tendências no digital, desencadeadas pela evolução das necessidades dos utilizadores e constantes atualizações. Em 2019, a MindSEO identificou 10 tendências no online para 2019 e algumas não só se vieram a confirmar, como continuam a ser tendência em 2020. Uma das tendências apontadas para 2019 foi o fortalecimento do mobile-first para eCommerce. De facto, a 1 de Julho de 2019, a Google lançou o primeiro “mobile-first index” para garantir que os websites estão preparados para a visualização em dispositivos móveis, para oferecer a melhor experiência de compra online ao utilizador. A tendência do crescimento da pesquisa visual confirmou-se com o lançamento e aumento de utilização de várias ferramentas de pesquisa visual em 2019. Como exemplo, o motor de pesquisa Bing, lançou a 1 de Junho de 2019 o Bing Visual Search. Já o Google Lens e o Pinterest Lens registaram um aumento de pesquisas ao longo de todo o ano de 2019.