Accenture sugere que a tecnologia será cada vez mais centrada no humano

A Accenture, no estudo Technology Vision 2024: “Human by Design”: Como a IA liberta o próximo nível de potencial humano” explora como após anos de inovação exponencial, a tecnologia — especialmente a IA generativa — se está a tornar mais humana na sua natureza.

E à medida que a tecnologia evolui para se centrar mais no ser humano, gera capacidades substancialmente maiores para que as pessoas ampliem o seu potencial e reinventem os negócios tal como os conhecemos.

De acordo com o estudo da Accenture, que inclui a opinião de mais de 3.450 executivos globais C-Level de todos os sectores de actividade e mais de 20.000 consumidores, a IA generativa tem o potencial de impactar 44% de todas as horas de trabalho nas actividades económicas, permitir melhorias de produtividade em 900 tipos diferentes de empregos e criar entre 6 e 8 biliões de dólares em valor económico global.

São quatro as tendências essenciais identificadas no processo de evolução para tecnologias “Human by Design”:

  1. A Match Made in AI: Reformular a nossa relação com o conhecimento – inaugurar um mundo em que os dados são reorganizados de formas que facilitam o raciocínio típico dos humanos e até imitam a criatividade. Em vez de analisar montanhas de resultados de motores de busca, as pessoas receberão respostas tratadas e personalizadas sob a forma de conselhos, um resumo de um vasto conjunto de resultados, um ensaio, uma imagem ou até uma obra de arte. A pesquisa agora transforma-se em síntese e os líderes empresariais que reimaginarem como a informação funciona na organização e equiparem os seus colaboradores com ferramentas de conhecimento empresarial preparadas para IA obterão ganhos de desempenho e vantagens competitivas exponenciais.
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  2. Meet My Agent: Ecossistemas para AI – prevendo um mundo em que agentes capacitados para IA trabalhem em nome de pessoas e façam parte de um ecossistema interconectado. Estes agentes automatizados não só nos auxiliam e aconselham, mas também tomam medidas decisivas em nosso nome, tanto no mundo físico como no digital. Trabalhando em conjunto, multiplicam a produção coletiva dos trabalhadores e geram um valor imenso para as empresas que optem por participar. 96% dos executivos concorda que o aproveitamento dos ecossistemas de agentes de IA será uma oportunidade significativa para a sua organização nos próximos três anos.
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  3. The Space We Need: Criar valor em novas realidades – criar novos mundos ricos e imersivos de interacção pessoal, estendendo os nossos mundos físicos em 2D para novos ambientes 3D criados com recurso à computação espacial, metaverso, gémeos digitais e tecnologias AR/VR. Estes novos lugares e experiências vão fundir os nossos mundos digital e físico, unindo-nos de novas formas, alimentando a inovação e melhorando a forma como trabalhamos, vivemos e aprendemos. No mundo do comércio, um terço (33%) dos consumidores indicaram que estão, ou estariam, interessados em utilizar tecnologias ou dispositivos de computação espacial para fazer compras já hoje.
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  4. Our Bodies Electronic: Uma nova interface humana – usar tecnologias inovadoras e integradas – como dispositivos usáveis alimentados por IA, neurotecnologia com detecção cerebral e rastreamento ocular e de movimento – para desbloquear uma melhor compreensão de nós próprios, das nossas vidas e das nossas intenções e usar esses conhecimentos mais profundos para melhorar o modo como trabalhamos e vivemos. 94% dos executivos concorda que as tecnologias de interface humana nos permitirão compreender melhor os comportamentos e as intenções, transformando a interação homem-máquina.
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