YN Group: «Queremos crescer tanto organicamente como por aquisição»
Foi há 20 anos que o YoungNetwork Group deu os primeiros passos na construção daquele que é, hoje, um grupo de comunicação global com escritórios em Lisboa, Porto, Madrid, Londres, Dubai, Luanda, Maputo, Bogotá, Praia, Zagreb, Belgrado e Skopje.
Com um conjunto alargado de competências que vai da consultoria de comunicação à assessoria de imprensa, passando pela criatividade, digital, relações públicas, eventos e produção, o grupo apresenta-se em Portugal com as agências JDYoung, Carmen, Alice, Mary, Taylor, Wondering e Bitzer.
A Marketeer esteve à conversa com João Duarte, CEO do YN Group, sobre o momento económico actual, o 20º aniversário do grupo e os planos para o futuro. Acompanhe-nos.
A comemorar 20 anos de actividade, o YoungNetwork Group está hoje em mais 10 países, além de Portugal. Qual a importância desta variedade de países para os resultados que a agência consegue para cada um dos seus clientes?
Existem clientes de um só país e outros que trabalham connosco em várias geografias. A importância tem a ver com a possibilidade de trabalhar com uma multinacional como a nossa que oferece uma única metodologia e uma qualidade garantida de criatividade e de serviço. Há uniformização de processos transversais a todo o grupo, tanto por área de negócio como por operação geográfica.
Que novos mercados estão debaixo de olho para o futuro a breve prazo?
O grande mercado debaixo de olho é Portugal. Queremos crescer em Portugal, tanto organicamente como por aquisição. Temos estado a estudar várias empresas nacionais, com potencial de crescimento e bons recursos humanos.
Os últimos anos têm sido propícios ao crescimento da área digital em todo o mundo e também em Portugal. Qual a importância do digital, hoje, para o YN Group?
Teve um crescimento exponencial. O YoungNetwork Group tem estado sempre na linha da frente. Infelizmente temos assistido na última década à extinção ou ao definhar de muita concorrência que não teve capacidade de se desenvolver, de ganhar novas competências, como por exemplo a digital. Fruto de um investimento muito forte nesta área, estamos agora a colher os resultados. Mas é uma área que tem muito para crescer, havendo muitas subáreas como por exemplo a área de influencers ou de media onde vamos apostar ainda mais forte já em 2021.
De que forma a pandemia está a impactar os negócios do grupo em Portugal e lá fora? Quais as áreas que mais estão a sofrer dentro do grupo?
A área que mais sofre é a de activação e de eventos. Lá fora, sentimos mais dificuldades nos países menos desenvolvidos, nomeadamente em África. Por outro lado, em Espanha ou na Colômbia temos mais resiliência. Mas claramente que o nosso grupo está mais preparado para enfrentar crises, únicas e inéditas, pelo menos para nós em Portugal.
A área dos eventos está praticamente parada este ano. Que novidades tem o YN Group estado a cozinhar para quando regressar a normalidade?
Não olhamos para o curto prazo. Estrategicamente, um ou dois anos na vida de uma empresa têm muito pouco significado. A área de activação e eventos, à qual acrescentámos valências de audiovisual e de produção continuará a ser um dos pilares da agência. Em 2021 prevemos mais um ano muito difícil. Mas estamos a olhar para 2025 e 2030. E aí as oportunidades serão imensas. Quando passar esta fase de maior acalmia nos eventos, estamos preparados para aumentar a equipa, aproveitando recursos que tenham ficado disponíveis no mercado por via de empresas que fiquem para trás.
Ao longo do ano quais foram as principais saídas e entradas de clientes no grupo? Para que áreas?
É muito difícil responder sucintamente a essa pergunta. Áreas de maiores entradas: Digital sem dúvida, comunicação estratégica, comunicação política e grandes clientes na área de criatividade. Na consultoria de comunicação continuámos iguais a sempre, em alta. E 2019 tinha sido o nosso melhor ano em eventos e activação de marca. Infelizmente foi uma curva interrompida em 2020, continuará suspensa em parte de 2021, mas depois retomará e em força.
Texto de Maria João Lima