Xiaomi quer estar em todas as casas portuguesas daqui a três anos
Com apenas dez anos de existência, a Xiaomi apresenta-se no mercado internacional como um rival de peso das duas marcas de smartphones mais procuradas, a Apple e a Samsung. À Europa Ocidental, a nativa chinesa só chegou em 2017 e, a Portugal, oficialmente, apenas em Abril de 2021. Será que, por cá, a expressão da marca reflecte a tendência global de crescimento?
Embora não consiga precisar o número de utilizadores em Portugal, a tendência de crescimento acompanha a da restante Europa, assegura à Marketeer Tiago Flores, country manager da Xiaomi: «Sabemos que existe um elevado reconhecimento da marca por parte do consumidor português e isso dá-nos ânimo para os objectivos que colocámos a três anos.»
Sete meses passaram desde a consolidação da Xiaomi em terras nacionais. Através da estratégia “Conectar Portugal”, a marca pretende, durante os próximos três anos, vender 5 milhões de equipamentos e ter um aparelho – seja smartphone, laptop, tablet, smart home ou outro – em todas as casas portuguesas.
De acordo com a mesma fonte, os dados da IDC relativos ao segundo trimestre do ano revelam que «a Xiaomi é a segunda marca com maior quota no mercado de smartphones em Portugal», com um total de 27%. Ainda assim, o intuito primário da marca não se prende exclusivamente com o de ser a líder de mercados, como já acontece noutras geografias. «O nosso grande objectivo é melhorar a vida das pessoas através do nosso compromisso em trazer produtos inovadores para o mercado, a preços justos, e contribuir para a inclusão tecnológica em Portugal», explica Tiago Flores.
A estratégia “Conectar Portugal” tem como pontos fulcrais a democratização da inovação tecnológica no país, promovendo a inclusão digital, e a ajuda à melhoraria a vida das pessoas através de tecnologia acessível a todos. Para tal, a marca assenta o seu plano de comunicação em campanhas direccionadas, que permitam utilizar vários formatos, incluindo o “word of mouth” da comunidade Xiaomi.
«Este é um ponto muito importante e diferenciador da Xiaomi. Estamos a falar de uma comunidade que contribui activamente para o desenvolvimento dos nossos produtos e serviços, que, de uma maneira orgânica, cria relações entre si e explora os produtos e novidades da marca», diz o country manager português.
Apesar da sua recente chegada ao território nacional, a Xiaomi já não se apresenta como uma marca de nicho e, para cimentar a sua presença e relevância, a intenção é transformar o «reconhecimento do consumidor geral em consideração e, posteriormente, em preferência». Desta forma, a expansão das lojas é outra das prioridades do plano de desenvolvimento, sendo que, até ao final do ano, serão inauguradas mais quatro lojas, totalizando 17 espaços físicos em Portugal.
«Temos uma missão que passa por mostrar ao consumidor português que produtos com funcionalidades premium e tecnologia inovadora podem ser acessíveis e ter um preço justo. É preciso mudar o mindset que considera que preço justo é sinónimo de menor qualidade.»
Texto de Beatriz Caetano