Volvo Cars: Ser parte da solução
No que diz respeito ao tema da sustentabilidade ambiental, a Volvo tem um plano reconhecido pela Organização das Nações Unidas (ONU) e um conjunto de metas que vão além da produção e comercialização de viaturas eléctricas. Já em 2025, a marca deverá atingir o impacto climático neutro nas suas operações produtivas em todas as fábricas Volvo; a partir de 2030, está previsto comercializar apenas modelos 100% eléctricos; e, em 2040, o impacto climático será neutro, ou seja, «existir ou não Volvo Cars, será igual para o planeta», afirma Aira de Mello, Consumer Experience & Marketing director da Volvo Car Portugal.
Esta preocupação com o ambiente é antiga e vem da década de 70, quando o então CEO da Volvo disse que «somos parte do problema, temos que ser parte da solução». Isto, numa época em que as preocupações ambientais não estavam na ordem do dia.
No caso concreto de Portugal, Aira de Mello explica que «os nossos modelos electrificados representam já cerca de 80% – uma das melhores taxas em toda a região EMEA – das vendas. Também temos vindo a implementar um conjunto de acções mais específicas com vista à redução gradual da nossa pegada ambiental, quer na Volvo Car Portugal, quer junto dos nossos concessionários. Fomos, por exemplo, um dos primeiros escritórios da Volvo em todo o mundo a abolir o uso de plástico de utilização única, utilizamos bicicletas eléctricas para deslocações curtas, realizámos acções de limpeza de praias e temos o cuidado de promover eventos de impacto climático neutro».
Um aspecto muito importante para a Volvo é também o investimento que tem feito em Blockchain para monitorizar a origem das matérias-primas e a produção de baterias. Para a directora de Marketing da marca sueca, «através desta tecnologia rastreamos a origem das matérias-primas das nossas baterias – nomeadamente o lítio e o cobalto utilizados pelas mesmas.
A Volvo Cars só trabalha com fornecedores que os obtenham, de forma eticamente responsável, onde os Direitos Humanos e a preservação do ambiente sejam salvaguardados». A Volvo afirma que a reacção do público a este tipo de investimentos é muito positiva. Embora se traduza em custos mais elevados e numa maior morosidade do processo, Aira de Mello defende que a marca não vê a transição de outra forma: «Não a faremos a qualquer preço, porque isso entraria em conflito com o que somos e os valores que representamos enquanto marca.»
No que diz respeito à área de responsabilidade social, refira- se que recentemente a Rádio Comercial se juntou à Volvo para uma campanha de regresso às aulas. Deste modo, a Volvo Car Portugal ofereceu aos seus colaboradores tolerância de ponto na manhã do primeiro dia de aulas, «garantindo que todos chegassem à escola sem pressas ou acidentes e que as crianças tivessem a total dedicação dos pais neste dia tão importante para todos. Desafiámos outras empresas e o resultado foi francamente positivo: tivemos connosco cerca de uma centena de empresas nesta primeira edição, e pretendemos replicar», conclui Aira de Mello.
Este artigo faz parte do Caderno Especial “Sustentabilidade e Responsabilidade Social”, publicado na edição de Dezembro (n.º 317) da Marketeer.