Vodafone recruta mulheres em interrupção de carreira

O novo programa de recrutamento da Vodafone é dedicado a mulheres que fizeram uma pausa na carreira por um longo período de tempo, muitas vezes devido ao nascimento de um filho ou outras situações relacionadas com a família. Sabendo que estas mulheres enfrentam dificuldades em regressar ao mercado de trabalho, a Vodafone quer aumentar as oportunidades disponíveis, a nível global.

Ao longo dos próximos três anos, o programa Vodafone ReConnect vai apoiar mulheres de 26 países, incluindo Portugal. A previsão aponta para a contratação de mil profissionais, número que, de acordo com a operadora, representará “cerca de 10% de todas as contratações externas levadas a cabo pelo Grupo, para cargos de liderança”.

Através do Vodafone ReConnect, as mulheres têm acesso a acções de sensibilização, formações para actualizar competências e oportunidades de emprego com condições de trabalho mais flexíveis.

Em comunicado, a Vodafone revela que serão implementadas outras iniciativas globais de apoio a mulheres no local de trabalho, a par do programa Vodafone ReConnect, com destaque para a melhoria das condições associadas à licença de maternidade nos países onde esta prática não existe ou é insuficiente.

«As empresas têm muitas vezes dificuldades em recrutar e manter mulheres em cargos de direcção e liderança. Inovações como a nossa política global de maternidade e, agora, o nosso novo programa ReConnect podem verdadeiramente fazer a diferença para as mulheres que hoje trabalham para nós e que trabalharão para nós no futuro», refere Vittorio Colao, director executivo do Grupo Vodafone.

Um estudo da KPMG, citado pela Vodafone, indica que existem cerca de 96 milhões de mulheres qualificadas entre os 30 e os 54 anos, em todo o mundo, que têm a sua carreira em pausa. Destas, cerca de 55 milhões têm experiência em cargos de chefia.

Caso todas estas mulheres pudessem regressar ao mercado de trabalho, e pressupondo que o seu recrutamento não levaria ao afastamento de outros funcionários, o valor da actividade económica gerada rondaria os 175 mil milhões de euros por ano, revela ainda o mesmo estudo. Os rendimentos familiares das profissionais em questão ascenderiam a 484 mil milhões de euros por ano.

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