Vídeos animados podem ser a solução para as marcas durante a quarentena

Em tempo de quarentena e isolamento social, os bancos de imagens têm sido os melhores amigos das marcas. Na impossibilidade de sair à rua para filmar, têm recorrido a imagens de arquivo para darem vida a campanhas de comunicação. Mas será esta a única opção? Diogo Lopes, managing partner da Emotion Films, acredita que não. Em entrevista à Marketeer, conta que a animação também pode ser uma alternativa, ou não fosse esta uma das especialidades da empresa que lidera.

Segundo Diogo Lopes, os vídeos animados são uma opção tão válida como as restantes em qualquer ocasião. Considera, por isso, que no período pós-pandemia, as marcas continuarão a recorrer à animação até porque, tal como é demonstrado no mais recente vídeo da Emotion Films, qualquer ideia se pode tornar realidade. Sim, até Cristiano Ronaldo pode aparecer numa campanha de colchões, desde que em versão animada.

 

Que tipo de campanhas podem ser criadas com esta tecnologia?

Todas as campanhas podem ser criadas através da animação. Podemos ter vídeos com um carácter mais informativo, de acção ou vídeos mais emocionais, tudo depende do objectivo do mesmo. É um formato que ainda está em crescimento, com um potencial enorme e a imaginação é o limite.

São vídeos apenas para as redes sociais ou também poderiam fazer parte de uma campanha de televisão?

Os vídeos podem ser adaptados a qualquer formato apesar de, actualmente, serem mais comuns na internet e nas redes sociais. No entanto, numa altura em que existem tantas limitações, esta é a melhor opção para as marcas que pretendam continuar a comunicar através de filmes, quer seja para TV ou online.

Quais são as mais-valias de uma campanha deste tipo?

Os vídeos animados podem dar vida a qualquer tipo de ideia, são facilmente adaptáveis a diversos formatos, rapidamente partilháveis nas diferentes redes sociais, são capazes de explicar de forma cativante até os conceitos mais complexos e são muito mais versáteis do que os vídeos de acção real.

Quanto tempo pode demorar o desenvolvimento de uma campanha com vídeos animados?

Depende da complexidade do vídeo. Pode ir de um até cinco dias. Mas, por norma, um filme até um minuto demora quatro dias a produzir. Estamos a falar de uma equipa mais reduzida que num filme real, o que deminui muito os tempos de pré-produção e arranque do projecto. Basta um guionista, um ilustrador, um animador e um locutor (caso o vídeo tenha locução).

Notam um aumento na procura por este tipo de vídeos?

Sim. Ainda antes desta nova conjuntura já fazíamos cada vez mais vídeos animados. Em relação a este formato, aplica-se a célebre frase “primeiro estranha-se, depois entranha-se”. Ou seja, após o primeiro contacto com este formato, e após verem o resultado final, os clientes percebem o potencial e aderem com bastante facilidade. Já para não referir que é menos dispendioso e menos complexo logisticamente falando do que um filme tradicional.

Esta poderá ser uma aposta para continuar mesmo após o fim da pandemia?

Sem dúvida. Já notávamos uma maior procura antes da pandemia e acreditamos que após a primeira experiência os clientes vão continuar a preferir esta opção, ou pelo menos usá-la como complemento nas suas estratégias. Acreditamos que no futuro próximo os dois formatos vão conviver cada vez mais.

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