Valor da Internet das Coisas pode chegar aos 11,1 milhões de milhões de euros até 2030

O estudo “The Internet of Things: Catching up to an accelerating opportunity” da McKinsey & Company conclui que a Internet das Coisas (IoT) pode atingir um valor económico entre 4,8 e 11,1 milhões de milhões de euros durante esta década.

Os resultados do estudo revelam que o potencial valor económico da IoT está concentrado em certos contextos onde estas soluções são implementadas, sendo que é estimado que as fábricas representem cerca de 26% do potencial valor económico em 2030, seguindo-se a área da saúde (entre 10% a 14%). As aplicações B2B, por sua vez, representam a maior percentagem (65%) onde o valor da IoT pode ser gerado.

Ainda assim, embora a IoT demonstre um potencial económico significativo, a sua captação revela-se um desafio, particularmente em contextos de B2B, precisamente onde pode ser mais valiosa. O valor captado em 2020 de 1,4 milhões de milhões de euros, ainda que significativo, representa um dos cenários menos optimistas projectados em 2015 pela consultora.

Com base na investigação realizada durante os dois últimos anos, o relatório demonstra que os utilizadores vêem um valor real na implementação da IoT, reconhecendo-a como facilitadora da transformação digital e dos esforços de sustentabilidade em curso nas empresas e instituições públicas mundiais. Contudo, o crescimento da IoT também pode estar associada a alguns factores negativos como:

Gestão da mudança – As empresas e os governos tratam frequentemente a IoT como um projecto tecnológico e não como uma transformação do modelo operacional, o que significa que acaba por ser liderada pelo departamento de TI, sem ter em conta as mudanças necessárias nos processos de governação, talento, e gestão de desempenho;

Interoperalibilidade – Resolver os desafios de interoperabilidade (a capacidade de um sistema comunicar com outro) é fundamental para desbloquear o potencial económico da IoT. O panorama da IoT ainda é constituído por diversos sistemas fechados em vez de sistemas universais, impedindo a integração e capacidade destas soluções usarem e trocarem informação entre si.

Instalação – Os desafios da interoperabilidade significam que quase todas as implementações à escala requerem personalização, senão mesmo uma solução totalmente à medida. A complexidade de tarefas aparentemente simples, tais como a obtenção de conectividade segura, a adaptação de dispositivos antigos e a ligação a sistemas existentes, desencoraja a implementação em escala.

Cibersegurança – Existe uma preocupação crescente com a cibersegurança no que respeita à IoT, uma vez que o número crescente de endpoints oferece pontos vulneráveis para os hackers explorarem. A resposta a este desafio exige uma atenção redobrada à segurança ao longo do processo de implementação das soluções de IoT.

Privacidade – A privacidade é, hoje em dia, uma prioridade de muitos consumidores. As empresas enfrentam desafios relativamente aos dados que os clientes estão dispostos a fornecer em troca de preços mais baixos ou ofertas especiais num contexto de retalho.

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