Vai andar de trotinete sem usar capacete? Pode ter os dias contados

As trotinetes vieram revolucionar o mundo da micromobilidade, permitindo uma forma de deslocação fácil e amiga do ambiente aos consumidores. Contudo, a tendência do número de acidentes de trotineta tem sido crescente.

De acordo com dados do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), em 2021, registaram-se 946 acidentes e, em 2022, 1691 acidentes, uma média de 141 acidentes mensais. O número de vítimas graves destes acidentes também aumentou, nomeadamente nos casos de vítimas que apresentam lesões crânio-encefálicas e nos que necessitam de cuidados intensivos.

Neste sentido, a Novamente, associação sem fins lucrativos criada por pais, médicos e amigos de traumatizados crânio-encefálicos, lança uma petição pública para tornar obrigatório o uso de capacete em trotinetas. Intitulada “Onde andas com a cabeça?”, a petição alerta que uma queda a 20km/h sem capacete pode provocar lesões cerebrais graves e até a morte.

A Novamente considera que este meio de transporte tem “inquestionáveis vantagens para o meio ambiente e é muito prático para quem vive nos centros urbanos, mas a verdade é que na sua utilização muitas vezes são negligenciadas as normas de segurança”.

Esta campanha conta já com a adesão de muitas personalidades da sociedade civil nacional como Óscar Gaspar (ex-secretário de Estado da Saúde e presidente da Associação Portuguesa de Hospitalização Privada), Rui Pego, Carlos Barbosa (residente do Automóvel Clube de Portugal), Margarida Pinto Correia, Sónia Morais Santos (jornalista), Mafalda Anjos, Júlia Pinheiro, Diana Chaves, João Paulo Sousa e Miguel Costa.

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