Universitários já só pensam em sair do País

universitarios para siteQuase metade – 46% – dos universitários portugueses acredita que no início da próxima década não estará a viver em Portugal. Esta é uma das conclusões do estudo Geração 2020 sobre o futuro de Portugal aos olhos dos universitários, elaborado pela Imago-Llorente & Cuenca em parceria com a Universidade Católica Portuguesa.

O estudo, que se baseia num inquérito a cerca de 1100 estudantes universitários portugueses de estabelecimentos de ensino público e privado entre os 18 e os 30 anos, “analisa a expectativa, confiança e relação que os jovens universitários mantêm com diversos tipos de instituições”, refere nota de imprensa enviada às redacções.

Quando questionados sobre os conceitos que mais associam ao País, os universitários referem, em 1.º lugar, o termo “Esperança” (52%), seguido do termo “Emigração” (50%). “A esperança no futuro de Portugal é expressa por 60% dos jovens que consideram que o país será um melhor lugar para viver em 2020”, acrescenta.

“Além de “Esperança” e “Emigração”, de um conjunto de 19 conceitos, positivos e negativos, que são associados a Portugal, os termos mais referidos pelos jovens são “Desemprego”, “Pobreza”, “Solidariedade”, “Revolução”, “Cultura” e “Juventude”, com valores acima dos 30%”, segundo o estudo.

Mudar é outra palavra de ordem na mente dos universitários portugueses, segundo o inquérito: “64% dos universitários acredita que serão eles próprios os principais impulsionadores da mudança, apenas atrás das universidades que lideram o ranking das instituições com maior potencial para fazer de Portugal um país melhor, com 81%. Seguem-se a família (59%) e a Europa (46%)”. Já os partidos políticos (13%) e a Igreja Católica (7%) estão no fim da lista das entidades em que os universitários mais acreditam.

O poder de impulsionar a mudança é uma convicção dos universitários portugueses, já que 6 em cada 10 universitários consideram a sua geração mais competente que a dos seus pais para resolver os problemas do País.

“Os jovens identificam como áreas mais decisivas para o futuro de Portugal a Educação (68%) e a Economia (65%). Com um grande diferencial encontram-se outras áreas, como é o caso da Cultura (27%) e da Política (29%). Quando inquiridos sobre se Portugal estará mais próximo ou mais distante da Europa em 2020, 64% dos jovens confia que o nosso país terá mais coesão dentro da União dos 28 Estados-Membros”, salienta o estudo.

O estudo foi realizado entre os meses de Maio e Julho de 2014 e teve um total de 1100 participantes de estabelecimentos de ensino superior público e privado, em diversos pontos do país.

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