UAU!!!
À excepção de 24 de Dezembro, não há um dia do ano em que não aconteça um espectáculo com a chancela UAU. Um dado que não é de estranhar se se tiver em conta que a produtora liderada por Paulo Dias faz uma média de 1700 espectáculos por ano, entre teatro e comédia (como A Conversa da Treta), musicais (Cats ou Miss Saigon) ou grandes produções (como Cirque du Soleil)…
Há 20 anos a produzir espectáculos, Paulo Dias começou devagar. Depois, acreditou que era possível trazer para Portugal grandes produções que aconteciam noutros mercados. Apostou num nicho de mercado – a oferta de espectáculos a pensar nas famílias -, rodeou-se de bons profissionais e convenceu produtores estrangeiros que em Portugal, afinal, havia mercado. Uma aposta mais que ganha: em 2008 a UAU movimentou qualquer coisa como 15 milhões de euros em bilhetes vendidos!
Em que contexto foi criada a UAU?
A UAU não se criou, foi nascendo. Nasceu da necessidade, há 20 anos, de começar a dar assistência a centros comerciais. Eu trabalhava na rádio e tinha uma série de projectos de animação em centros comerciais. De um momento para o outro comecei a desenvolver algumas coisas que até então não se faziam em Portugal e que eu próprio tive que ir aprender. Fui crescendo…
… na altura, só nessa área!
Só na área da animação. O grande boom acontece com a abertura do Cascais Shopping, que, com ele, traz para Portugal uma série de profissionais brasileiros com novas ideias. Começámos a desenvolver alguns projectos, fui ao Brasil aprender com quem sabia e, em simultâneo, comecei a trabalhar com empresas do sector de produções. Trabalhei no Música no Coração, como produtor, onde estive três anos (em simultâneo com a UAU)!
A UAU tinha entretanto sido criada?
Mas ainda não para grandes produções. Estas ainda não se faziam e eu acreditei que as podia fazer. Como viajava muito (o meu pai era piloto da TAP) também ia tendo contacto com uma série de espectáculos que aconteciam lá fora. A primeira vez que os Stomp vêem a Portugal é fruto de uma dessas iniciativas, há 11 anos: coisas que via lá fora e não percebia por que não se fazia cá.
O que fui procurar, então, foram nichos de mercado. Ou seja, especializei-me em entretenimento familiar, enquanto as outras empresas em Portugal se começaram a dedicar a festivais.
(…)
Por M.ª João Vieira Pinto
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