Turistas recorrem mais ao digital e arriscam menos no pós-pandemia

Os consumidores actuais de produtos turísticos são mais digitais, mais abertos à inovação e estão menos dispostos a correrem riscos nas reservas que fazem no rescaldo da pandemia. A conclusão é do estudo “Are You Experienced?”, realizado pela consultora NTT Data, em parceria com a Globick.

De acordo com o estudo, «a pandemia de Covid-19 desencadeou uma revolução digital num sector em que certos processos foram acelerados». Os consumidores mudaram os seus hábitos e comportamentos – 47% deles passaram a reservar viagens online – e os operadores turísticos tiveram de se ajustar a um novo paradigma.

Uma das principais mudanças observadas está relacionada com a estratégia de reservas: hoje, os turistas tendem a planear as suas viagens com mais antecedência em relação ao que faziam no passado. Segundo o estudo, a percentagem de viajantes que esperam até ao último minuto para fazer uma reserva caiu de 38% em 2019 para 14% em 2021. «Actualmente, 46% compram os bilhetes com uma semana ou mais de antecedência», conclui.

A utilização de canais digitais para fazer as reservas também disparou, com 47% dos inquiridos a afirmarem que compram os bilhetes online, seja através do computador ou do smartphone, o que compara com uma percentagem de apenas 28% em 2019.

Neste contexto, a NTT Data frisa que é cada vez mais importante que cada empresa de viagens ofereça produtos adequados ao seu mercado-alvo, personalizando assim a sua oferta e tornando-a mais fácil para os clientes encontrarem o que procuram. «As empresas de viagens interessadas em tirar partido destas mudanças do comportamento dos consumidores devem assegurar que a procura e a reserva de produtos num destino – e a confirmação em tempo real – são mais racionalizadas e fáceis de utilizar. É aqui que as Online Travel Agency estão, de certa forma, em vantagem», sublinha a consultora.

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