Turismo continua a crescer: receitas do alojamento duplicaram em Janeiro

Depois de ter registado em 2022 o melhor ano de sempre, com receitas totais de 22 mil milhões de euros, o sector do Turismo entrou em 2023 com o pé direito. Em Janeiro, os proveitos totais dos alojamentos subiram 99%, para 212,4 milhões de euros, face ao período homólogo do ano passado, de acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE).

Mesmo em comparação com Janeiro de 2020, quando ainda não se sentiam os efeitos da pandemia, os proveitos totais (que juntam às receitas dos alojamentos os outros gastos dos turistas em restauração, lavandaria, tabacaria, comunicações, entre outros serviços) cresceu 21,6%. Já os proveitos de aposento (apenas relacionados com as dormidas) ascenderam a 153,9 milhões de euros, o que representa um crescimento de 102,3% em relação a Janeiro de 2021 e de 24% em relação a Janeiro de 2020.

O crescimento do sector ficou a dever-se ao aumento do fluxo de turistas mas também à subida dos preços. No período em análise, o sector do alojamento turístico registou 1,5 milhões de hóspedes (+75,2% face ao mesmo período do ano passado) e 3,5 milhões de dormidas (+74,5%).
Por outro lado, o rendimento médio por quarto disponível (RevPar) fixou-se em 29 euros (+86,2%) e o rendimento médio por quarto ocupado (ADR) situou-se em 78,4 euros (+17,7%). Em relação a Janeiro de 2020, o RevPAR aumentou 16,6% e o ADR cresceu 16,7%.

Em termos das regiões com maior representatividade no total de dormidas, a Área Metropolitana de Lisboa registou a maior subida nos proveitos totais (+150,3%). A região Norte (+92,8%), a Madeira (+44,9%) e os Açores (+42,5%) mantiveram também a tendência de crescimento.

Transporte aéreo também descola

Em Janeiro passado, passaram pelos aeroportos nacionais 3,9 milhões de passageiros, mais 5,7% em relação a Janeiro de 2020 (pré-pandemia). Segundo os dados do INE, em média, desembarcaram nos aeroportos portugueses 60,7 mil pessoas por dia, o que representa uma subida de 5,4% face ao período homólogo de 2020 e de 89,9% em relação a Janeiro de 2022.

Considerando os passageiros desembarcados nos aeroportos nacionais, 79,4% corresponderam a tráfego internacional, atingindo 1,5 milhões de passageiros, na maioria provenientes do continente europeu (63,8% do total). O continente americano foi a segunda principal origem, concentrando 10% do total de passageiros desembarcados.

Relativamente aos passageiros embarcados, 81% voaram para fora do País, perfazendo um total de 1,7 milhões de passageiros, tendo como principal destino aeroportos no continente europeu (66,9% do total). «França foi o principal país de origem e de destino dos voos, mas foram Espanha e Reino Unido que registaram maiores crescimentos face a janeiro de 2022, ocupando, respectivamente, a 2.ª e a 3.ª posição», sublinha o INE.

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