Top Atlântico: Duas décadas a realizar viagens

Há 20 anos, nascia a Top Atlântico. Na altura, já existia como designação de empresa, mas, enquanto marca comercial, surgiu em 2003, após a fusão de duas das maiores redes de agências de viagens existentes então: a Top Tours e a Space Travel. Tratou-se, desde o início, de um projecto ambicioso que implicou a criação e comunicação de uma nova marca ao mercado, mas cuja receita tinha os ingredientes certos, já que, fruto da fusão, a organização passou a deter o grupo de recursos humanos mais experiente e especializado em viagens do mercado nacional.

A experiência no tratamento de viagens para o segmento corporate – tanto na vertente das viagens puras de negócios, como na organização de eventos, congressos e viagens de incentivos – consolidou e cresceu nos anos seguintes e a marca rapidamente assumiu a liderança neste segmento de mercado. A par dessa estratégia, a Top Atlântico investiu, desde o início, numa comunicação direccionada ao mercado de lazer. Como resultado, fortaleceu, em pouco tempo, a sua posição de liderança no conjunto de todos os segmentos de negócio (lazer, corporate e MICE).

«A Top Atlântico esteve sempre associada a know-how, experiência, formação dedicada e contínua dos seus agentes e qualidade de serviço. Esses atributos reflectem-se na imagem de marca, atribuindo-lhe uma percepção de um posicionamento premium comparativamente aos seus concorrentes mais directos», afirma Margarida Blattmann, directora de Marketing e Comunicação do Wamos Portugal, que detém a Top Atlântico.

Contudo, nos anos mais recentes, particularmente entre 2015 e 2020, a marca concentrou o investimento em comunicação no reposicionamento para um segmento mais mass market. Este investimento foi acompanhado por uma vertente promocional muito forte, vocacionada para o segmento de férias de lazer, e pela abertura de novas lojas em centros comerciais espalhados por todo o País, que «trouxeram nova visibilidade e um posicionamento mais generalista à marca que, no passado, era associada apenas a segmentos de viagem premium », explana Margarida Blattmann.

Quanto ao e-Commerce, e porque estrategicamente existiam outras marcas no grupo com prioridade neste canal de distribuição, tornou-se uma aposta mais assertiva da Top Atlântico a partir de 2017, o ano do lançamento do website topatlantico. pt. Hoje, o online é um canal em franco crescimento, mas que «nunca destronará a importância do canal físico e do serviço presencial que uma loja e uma conversa com um agente de viagens permite», salienta a responsável. No entanto, «é inegável que a Internet veio mudar as regras do jogo, ao democratizar e facilitar o acesso directo do cliente a produtos básicos (por exemplo, um voo ou um hotel para uma capital europeia)», ressalva.

Actualmente, a Top Atlântico, que ocupa um lugar no Top 3 de vendas das agências de viagens nacionais, conta com 52 lojas físicas em Portugal continental e nas ilhas – uma das quais aberta recentemente no MAR Shopping, em Matosinhos – e tem planos para a abertura de mais algumas unidades este ano.

JÁ ESCOLHEU O SEU DESTINO DE FÉRIAS?

No ano em que celebra o seu 20.º aniversário, e que se afigura como um ano de retoma do mercado das agências de viagens, a Top Atlântico volta a apostar numa forte dinâmica promocional. Já depois de ter estado presente, em Março, na Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL) com uma das campanhas promocionais «mais fortes dos últimos anos», a marca lançou recentemente uma nova campanha dirigida a todos os portugueses que ainda não marcaram as suas férias de Verão.

Apesar de a «procura de viagens para este Verão estar em alta desde o início do ano», a verdade é que muitos portugueses «deixam para a última hora a marcação de viagens, esperando pela devolução do IRS ou mesmo dos subsídios de férias», refere a directora de Marketing e Comunicação do Wamos Portugal. A campanha mais recente da Top Atlântico dirigiu-se precisamente a esse segmento de pessoas que ainda procuram o melhor destino de férias a um preço convidativo.

Quanto a perspectivas para este ano, as previsões da Top Atlântico mostram-se «muito positivas». No segmento corporate, «a área dos eventos e incentivos mostra-se totalmente recuperada e com as empresas a quererem promover o contacto entre colaboradores e o network com clientes de forma presencial », salienta Margarida Blattmann.

Já no mercado de lazer, «a vontade de viajar dos portugueses continua e os destinos exóticos continuam a registar uma procura crescente. Devido à abertura mais tardia das regras restritivas da pandemia, destinos asiáticos como Tailândia, Indonésia e Vietname registam agora uma procura crescente. O Dubai e as Maldivas, que foram destinos estrela mesmo durante as fases mais difíceis da pandemia, não perderam o ritmo e consolidaram-se no topo das preferências portuguesas», frisa a responsável. Contudo, «o destino estrela deste Verão é bem provável que venha a ser Zanzibar, com voo directo de Lisboa, que tem tido uma enorme adesão, rivalizando com as Caraíbas e Cabo Verde, que continuam a ser best-sellers junto dos portugueses, pela garantia de sol e praia – e, no segundo caso, pela proximidade», acrescenta.

«2023 vai ser um ano de uma enorme dinâmica, dedicado a receber de volta os nossos clientes e fidelizar os novos que testam os nossos serviços. É um ano de retoma de negócio, consolidação e desenvolvimento de projectos relevantes para a marca e para o grupo, como o da sustentabilidade, assim como de preparação de novos conceitos e segmentos», revela a responsável.

UM PARCEIRO DE CONFIANÇA

Além destas campanhas para destinos mais premium, a Top Atlântico promete continuar a oferecer campanhas promocionais em destinos standard muito procurados, a preços atractivos. Uma estratégia que dura há quase uma década, mas que ganhou uma nova dinâmica com as iniciativas lançadas em 2021 em parceria com o Cartão Continente e diversas regiões de Turismo nacionais. Além de proporcionarem viagens a preços base fixos mais acessíveis, estas campanhas permitem obter um desconto em Cartão Continente entre 15% e 20% do valor total da viagem.

Esta iniciativa foi lançada em plena pandemia de Covid-19 com o objectivo de «promover a retoma do sector e, posteriormente, de promover o Turismo em época baixa». Contudo, tem-se mantido, com a participação de várias regiões de Turismo, designadamente os Açores. Em Março passado, a Top Atlântico promoveu uma viagem com estas condições especiais para a ilha do Faial, nos Açores, e o objectivo passa por «realizar mais até final do ano».

De resto, o período da pandemia de Covid-19 foi muito complicado para o sector das agências de viagens, um dos que mais sofreu com o encerramento de fronteiras. «Poucos tiveram noção do difícil período atravessado pelas agências de viagens, que deram a cara perante os clientes e que geriram, estoicamente, uma crise gigante que envolvia trazer pessoas de destinos fechados, cancelamentos de todo o tipo de serviços e a necessidade de recuperar e devolver o dinheiro dos clientes de hotéis fechados no outro lado do mundo, de companhias aéreas paradas e sem tesouraria e, simultaneamente, aguentar o negócio, motivando colaboradores a prestar o melhor serviço possível num cenário de caos e incerteza», recorda a directora de Marketing e Comunicação do Wamos Portugal.

Contudo, a pandemia veio também colocar em evidência a importância do papel do agente ou consultor de viagens. Até porque, na sua grande maioria, quem comprou online fora de sites de companhias aéreas acreditadas ou agências de viagens registadas em Portugal não conseguiu reaver o seu dinheiro.

«Neste pós-pandemia sentimos que muitos dos que antes viajavam sozinhos e compravam online, agora procuram-nos, pois perceberam o valor acrescido de ter uma rede de segurança e alguém que sabe o que fazer em caso de imprevistos», explana Margarida Blattmann. Afinal, a assinatura da Top Atlântico espelha isso mesmo: “Tão importante como o seu destino, é quem o leva a viajar.”

Este artigo faz parte do Caderno Especial “Turismo”, publicado na edição de Maio (n.º 322) da Marketeer.

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