Tiago Canas Mendes e Nuno Jerónimo com novo projecto
Começou a actuar no mercado “O Escritório”, uma agência fundada pelos criativos Nuno Jerónimo e Tiago Canas Mendes, profissionais que contam com uma experiência de mais de 10 anos a trabalhar em empresas como Ativism, BBDO e Ogilvy.
É de possibilidades que se faz esta agência, que não é «nem de publicidade nem de activação, de nenhuma disciplina específica da comunicação», afirmou ao Dinheiro Vivo Nuno Jerónimo.
“O Escritório”, adianta o responsável ao mesmo meio, não é um espaço ou um edifício. Assume a particularidade de não ter uma sede, adaptando-se o seu conceito à procura do melhor local para a resolução dos problemas dos clientes, na procura das “melhores ideias”. O que acaba por não dar espaço a limitações. «Se for um problema relacionado com o futebol, vamos resolvê-lo para um estádio», disse Nuno Jerónimo ao Dinheiro Vivo, a título de exemplo. O mesmo acontece com a equipa que tem Nuno Jerónimo e Tiago Canas Mendes como elementos base, adicionando competências de outros profissionais consoante os projectos que têm em mãos.
Reconhecendo a impossibilidade de gerir contas anuais – que implicaria uma restruturação do modelo de negócio – Nuno Jerónimo afirma que o objectivo é trabalhar «projecto a projecto». De facto, os criativos afirmam não se importarem com o facto de trabalharem muitas vezes com o mesmo cliente. O importante é que os projectos se desenvolvam com «base no mérito e na vontade de trabalharmos juntos, não porque no início me pagaram um fee e agora estamos inevitavelmente agarrados um ao outro», assevera Nuno Jerónimo.
Assim, não está nos planos prioritários de “O Escritório” entrar nas corridas dos concursos públicos. Já o mercado internacional – e primando a agência pela mobilidade e abolição das limitações físicas – está na mira dos criativos. E a internacionalização não se cingirá aos mercados lusófonos, já que, como destaca Nuno Jerónimo, «uma boa ideia é boa aqui ou na China», e a tecnologia permite que se reúnam talentos num projecto a desenvolver em Portugal ou lá fora.
Sem avançar valores expectáveis no que toca à facturação, os profissionais garantem, no entanto, estar a trabalhar projectos «muito aliciantes», que serão revelados até ao final do ano.