Têxtil Made in Portugal ajuda pacientes a recuperar a mobilidade com recurso a IA
Um projecto de investigação liderado pelo Grupo Impetus e pela Universidade do Minho desenvolveu o NanoStim, um produto têxtil inovador que contribui para a reabilitação de lesões musculares avançadas e até mesmo para reverter a ausência de mobilidade.
O projecto consiste no desenvolvimento de um sistema de tratamento muscular baseado na integração de nano-eléctrodos secos de alto desempenho em vestuário. Desta forma, permite realizar tratamentos musculares via electroestimulação, quer em ambiente clínico, quer em casa do paciente.
De acordo com o Grupo Impetus, já foi desenvolvido um primeiro protótipo, que foi projectado para ser “ergonómico, confortável, sem risco de dermatite alérgica e de fácil utilização”. Através desta peça de vestuário inovadora, os bio-sinais do paciente são “enviados remotamente para algoritmos de Inteligência Artificial, colocando o profissional de saúde, em tempo real, com acesso a informações do utilizador, bem como a decisão da terapêutica a aplicar, que os processam para determinar os níveis correctos de electroestimulação a serem aplicados, permitindo uma terapia personalizado às necessidades do utilizador.”
Este projecto representa uma “evolução singular no tratamento de doenças neurológicas, esqueléticas e musculares e um marco na reabilitação de deficiências motoras. O NanoStim representa, assim, a possibilidade de realizar terapia sem a necessidade de deslocação a um centro hospitalar, resultando numa diminuição dos encargos sociais e económicos”, frisa o grupo têxtil português em comunicado.
Além do Grupo Impetus e da Universidade do Minho (que contribuiu para o desenvolvimento dos nano-eléctrodos), o consórcio NanoStim envolve outras entidades portuguesas, nomeadamente o IPB – Instituto Politécnico de Bragança (microelectrónica), a NATG – Nelson Azevedo Terapias Globais (terapias de tratamento muscular), a IncreaseTime (desenvolvimento de software e gestão de projectos) e a TeandM (integração de eléctrodos), além da Universidade do Texas (Inteligência Artificial).