Telefónica faz frente a Apple e Google com “App Store” própria

A multinacional espanhola Telefónica lançou a Bluevia, uma plataforma de desenvolvimento de aplicações, segundo informações do económico Expansión. A iniciativa marca a entrada da operadora no mundo das aplicações, tanto para telemóveis como para dispositivos electrónicos como é o caso dos tablets, e-readers ou consolas de jogos. Fruto de mais de um ano de trabalho na área de I+D da Telefónica, a Bluevia tem por objectivo o desenvolvimento da Telco 2.0, conceito proposto pela operadora nos seus planos estratégicos que pretende facilitar a vida aos responsáveis pelo desenvolvimento de aplicações. A sua fidelização tornou-se um elemento chave para o êxito das empresas tecnológicas, que tem na App Store para iPhone, da Apple, a sua expressão máxima e que até ao momento conta com mais de 300 mil aplicações diferentes. Numa fase inicial, a plataforma estará acessível apenas por convite, para um número limitado de programadores. Dentro de algumas semanas, a oferta estender-se-á a um número maior e, por volta de Fevereiro será de livre acesso, sem necessidade de convite.
As aplicações desenvolvidas para a Bluevia estarão inicialmente disponíveis em Espanha, no Reino Unido, México e Argentina.
A repartição de lucros não está ainda definida, mas deverá corresponder aos padrões deste tipo de loja, em que os programadores obtêm uma percentagem de 70% e o operador 30%. Desta forma, a Telefónica coloca à disposição dos programadores um mercado de cerca de 80 milhões de clientes, entre os quatro países referidos, ainda que posteriormente se estenda a outros territórios.
A fase comercial e de desenvolvimento da Bluevia nos países onde a Telefónica actua ficará a cargo de uma das sete divisões verticais que a operadora acaba de lançar a nível mundial, que dá pelo nome de Aplicações e Empresas Globais de Internet, dirigida por Yotam Benamí. Para além das aplicações, o Grupo pretende criar soluções para Serviços Financeiros, eHealth (saúde), Segurança, Serviços Machine to Machine (comunicações de máquina a máquina), Cloud Services (serviços online com armazenamento e processamento à distância) e Vídeo e Conteúdos, áreas que considera estratégicas para o seu crescimento a curto prazo.