Surf Out Portugal debate futuro da modalidade

Nos dias 15 e 16 de Setembro, especialistas em ondas vão discutir o futuro do surf em Portugal, adivinhando aqueles que poderão ser os próximos passos da modalidade e do sector que a envolve. O debate terá lugar na Feira de Artesanato do Estoril (FIARTIL) no âmbito da primeira edição do Surf Out Portugal.

Organizado pelos irmãos Patrick e Salvador Stilwell, o evento terá como mote “Surf à Vista”. Além de juntar profissionais do surf, vai reunir as principais marcas e entidades associadas a este desporto, naquilo a que chama uma “experiência imersiva fora de água”.

A Partners é a agência responsável pela imagem e comunicação do Surf Out Portugal, tendo idealizado e desenvolvido todo o conceito e criatividade. «Na Partners, identificamos-nos com todo o tipo de iniciativas que ambicionam trazer algo de novo, pois essa é a génese do acto de criação e aquela que nos move. O Surf Out Portugal ambiciona que o País olhe para o surf com um olhar diferente e esteja desperto para todo o potencial da modalidade, tanto a nível económico como turístico, e, em simultâneo, quer mostrar que há muito talento e muita criatividade no surf», comenta Ivo Purvis, director criativo executivo da agência.

Em comunicado, o profissional acrescenta que a campanha desenvolvida «desafia a  comunidade a ver o surf por outro prisma. Desafia todos os apaixonados das ondas a trazer o tema do surf e do mar para terra e aí encontrar novas perspectivas».

A Marketeer falou com os organizadores Patrick e Salvador Stilwell:

Como é que este evento se distingue dos restantes?

Com o propósito de evidenciar a fase notável que o surf atravessa em Portugal e lançar o debate sobre a evolução futura do mesmo, criámos a Surf Out Portugal. Através de um evento inclusivo e agregador que reúne as principais marcas, entidades e intervenientes do setor, a Surf Out Portugal vem desafiar todos aficionados, praticantes e simpatizantes do surf, para se juntarem numa experiência imersiva de celebração do surf. São os moldes da Suf Out que nos distinguem, pois não existe nenhum outro evento na história do surf deste género.

Quantas pessoas são esperadas?

Acreditamos que este é o evento ideal para juntar grande parte da comunidade do surf e um número elevado de pessoas que tenham afinidade ou curiosidade por este desporto e modo de vida.

A Meo é a única marca parceira?

Em Portugal temos várias marcas a apostarem no surf e acrescentarem valor ao sector. Neste ano, foi apenas a estas marcas que nos dirigimos e apresentamos o projecto. Marcas com afinidade e legitimidade para ativar junto do meio.

A Meo é um excelente caso de uma marca que aposta, convictamente, no surf e que tem tido um papel activo, diversificado e muito valioso para o desenvolvimento do sector. Esta era uma marca com a qual tínhamos toda a vontade de poder colaborar e desenvolver trabalho relevante.

Para além da Meo, contamos também com o apoio do Turismo de Portugal, Turismo de Cascais, TAP, a C. Santos VP concessionária oficial Mercedes-Benz, a agência de publicidade Partners, The Oitavos Hotel e a Huse Innovation. Contamos também com o apoio institucional da Federação Portuguesa de Surf e a Associação Nacional de Surfistas.

Qual é o potencial do sector, no geral, para as marcas?

Este é um sector inegavelmente atractivo. Em Portugal, a sua dimensão e potencial fazem com que muitas marcas “não core” já se tenham associado de uma forma ou outra. Estamos numa era em que não se pode falar de apropriação, mas sim de colaboração e criação de sinergias.

Que outras marcas vão estar presentes através da divulgação de produtos, por exemplo?

Teremos cerca de 40 a 45 expositores que irão demonstrar o trabalho variados que existe à volta do surf. Desde marcas de pranchas de surf, a roupa, acessórios e material técnico, artistas, produtos tecnológicos e até literatura.

O surf é uma marca de Portugal?

Sem dúvida. O surf é uma marca que tem sido muito bem trabalhada por algumas entidades e pessoas que contribuem activamente para colocar o surf nacional nas bocas do mundo, como um exemplo de sucesso em várias dimensões. No entanto, acreditamos que, como todas as boas marcas, temos o potencial para continuar a evoluir. Vontade e atitude da parte de uma série de stakeholders fundamentais não faltam.

Do lado da Meo, Miguel Guerra, responsável de Patrocínios e Eventos, sublinha como o surf é um dos eixos mais importantes para a marca:

O que levou a Meo a assumir o papel de parceira do Surf Out Portugal?

O surf é um dos pilares da estratégia de patrocínios da marca Meo e, como tal, procuramos estar presentes nos momentos importantes e marcantes da modalidade. A Meo como motor do desenvolvimento do surf em Portugal desde há muitos anos, através da tecnologia, inovação, produtos e serviços, quis marcar presença num evento onde estarão presentes outros players relevantes da modalidade.

Que frutos tem tido esta aposta da marca no surf?

Diria que o maior fruto desta aposta é sermos, hoje em dia, a marca fora do core do surf com maior nível de aceitação e notoriedade e aquela que mais faz pelo surf nacional em competições, eventos e também no apoio a atletas, o que nos permite ir muito além da associação da marca aos valores e ao lifestyle transmitidos pelo surf. Hoje a Meo é uma marca do surf nacional.

O que podemos esperar da Meo no evento? Vai ter activações no local?

Neste evento vamos ter a presença das marcas Meo e Moche. A Moche vai ter um espaço lúdico com a oferta de brindes e algumas animações.

Têm outras acções relacionadas com o surf em vista?

Tipicamente, Setembro e Outubro são os meses em que vemos o culminar do nosso trabalho, são os meses em que as grandes competições da WSL chegam a Portugal e das quais somos não só patrocinadores, mas parceiros importantes, pois é através da fibra da Meo que estes eventos chegam a casa dos portugueses e ao mundo. Em Setembro, marcamos presença em Ribeira D’ilhas e, em Outubro, em Peniche, no Meo Rip Curl Pro.

Existe um público-alvo muito bem definido ou a modalidade já atrai uma audiência abrangente?

A modalidade evoluiu muito nos últimos anos. Com a massificação dos conteúdos, o surf passou a chegar a um público bastante mais abrangente.

O surf é uma marca de Portugal?

O surf é sem dúvida uma marca de Portugal. E como marca do nosso país temos o dever de preservar o seu anfiteatro natural pois, sem ele, não conseguiremos continuar a atrair o turismo, os grandes eventos e a contribuir para o crescimento dos nossos atletas de forma sustentada. Gostava que o surf em Portugal fosse nomeado Desporto Oficial, como aconteceu na Califórnia, mas, mesmo que isso não se verifique nos próximos tempos, é inegável o valor que hoje a modalidade tem para a economia e imagem do nosso país.

Texto de Filipa Almeida

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