Super Bock: Salvar o único planeta que tem água e cerveja

“Para os amigos, uma cerveja, cerveja” é o mote de uma das campanhas publicitárias da Super Bock, salientando a importância da verdadeira amizade e dos afectos baseados em valores como a cumplicidade, confiança e altruísmo. Um lema que a marca utiliza também na área da sustentabilidade e da responsabilidade social. O Grupo Super Bock tem desde sempre adoptado uma estratégia de sustentabilidade bem definida com projectos e metas concretas, e está neste momento a evoluir para uma política com critérios ESG, através de uma visão estratégica integrada sob o desígnio “4 Authentic Tomorrow”, em alinhamento à Directiva de Report Não Financeiro ESG – CSDR 2023/24 da União Europeia.

Nesta “evolução” mantêm o foco nos três pilares de actuação – Pessoas, Prosperidade e Planeta – com ajuste nas suas quatro bandeiras, que passam a “Menos Carbono” (onde incorporam as energias renováveis para alcançar a neutralidade carbónica e o packaging circular, na promoção da redução de resíduos, através da reutilização de embalagens de múltipla utilização e reciclagem); “Menos Água” (com o objectivo de reduzir o impacto hídrico da sua actividade, através da redução, recuperação e reutilização da água, e compensação da água via reflorestação); “Mais Consumo Responsável” (promover e sensibilizar para um portefólio 0,0% álcool ou baixo teor de álcool) e “Mais Pessoas e Comunidade” (com a valorização dos colaboradores e o apoio às comunidades, onde a empresa opera). «É um compromisso que implica um investimento contínuo em Investigação, & Desenvolvimento e Inovação, sempre com o envolvimento das pessoas e parceiros de negócio», afirma Graça Borges, directora de Comunicação, Relações Institucionais e Sustentabilidade do Super Bock Group.

A marca, em colaboração com os seus parceiros, investe na procura de soluções e modelos de negócio que aumentem a economia circular da sua actividade. No caso das cervejas, onde a embalagem mais consumida é o vidro, o portefólio de todas as suas marcas inclui, desde sempre, embalagens de múltipla utilização (garrafas e barris), e no canal Horeca mais de 86% do volume de vendas é já feito nestes formatos. Graça Borges diz ainda que incorporam entre 50 e 60% de casco de vidro – vidro que foi colocado no ecoponto verde e reciclado – nas garrafas de cor âmbar de cerveja Super Bock, permitindo poupar nos recursos naturais e reduzir o consumo de energia e consequentes emissões de CO2, implicadas na produção de uma nova garrafa.

Já no caso de Vitalis, introduziram no mercado uma nova garrafa de 1,5 L produzida com plástico 100% reciclado (feita com material de mais de três garrafas de plástico de 33 cl) e é 100% reciclável, o que permite evitar o uso de mais de 6,3 toneladas de novo plástico/ano.

A CERVEJA BEBE MUITA ÁGUA

A Super Bock é uma empresa que actua na indústria das bebidas refrescantes, onde a água é a base em todo o portefólio de marcas que produzem e comercializam, pelo que a optimização do seu consumo é desde sempre inerente à sua actividade, «o que nos dá uma responsabilidade acrescida e prioritária na gestão deste recurso. Foi nesse sentido que o Super Bock Group elegeu três objectivos-chave na área de produção: redução do consumo de água e sua optimização; implementação de sistemas de recuperação e reutilização da água em circuito fechado e, por último, a compensação da água através de projectos de restauro e reflorestação de solos».

Na área de produção de cerveja, a actividade tem como uma das suas “fontes” a captação de água subterrânea própria à qual se aliam os sistemas de abastecimento público. Por isso, trabalham em prol de uma progressiva melhoria em auto-suficiência, permitindo controlar de forma mais eficiente eventuais perdas. Neste âmbito, o Super Bock Group faz estudos para avaliar a exposição ao risco hídrico e desenvolve projectos e investe em tecnologia, nos vários centros de produção, para monitorizar e acompanhar os consumos reais. «Isto permite-nos ter um dos melhores rácios da indústria cervejeira da Europa no que toca ao consumo de água, com três litros de água por cada litro de cerveja produzido (desde a entrada da matéria-prima na empresa até à saída do produto)», contabiliza.

Quanto ao uso eficiente do consumo de água, entre 2011 e 2021, reduziram-no em cerca de 17%, o equivalente a uma poupança de cerca de 4 milhões de m3. Destacam ainda o aumento do desempenho dos sistemas de recuperação de água para reutilização, que permitiram, em 2021, a recuperação de 340 901 m3 de água. Um acréscimo, em circuito fechado, que superou os 43% face a 2020. «Uma vez que detemos as marcas de águas minerais naturais Pedras e Vitalis, temos a preocupação acrescida de assegurar a sustentabilidade dos ecossistemas nos Parques Naturais onde se inserem estas captações. Procuramos neste âmbito compensar o consumo de água através de acções de reflorestação, como é o caso do projecto de restauro ecológico dos terrenos contíguos ao Pedras Salgadas Spa & Nature Park, em parceria com a ANP|WWF». Este projecto tem potencial para sequestrar anualmente entre 25 e 69 toneladas de CO2.

A eficiência energética é outra das suas prioridades, o que se traduz na gestão eficaz dos consumos de electricidade e combustível em toda a sua actividade. «Promovemos a redução das emissões de gases com efeitos de estufa nas nossas diferentes unidades e áreas de negócios, através de iniciativas de promoção da eficiência energética, investimentos em equipamentos e infra-estruturas no âmbito do Plano de Racionalização dos Consumos de Energia (PREn) e da utilização do Biogás produzido na ETAR de Leça do Balio, reduzindo o consumo de gás natural em 7%, evitando a emissão correspondente a 1075 ton CO2/ano». Estas iniciativas encontram-se em linha com o Roteiro para a Descarbonização do Super Bock Group, através do qual prevêem atingir a neutralidade carbónica primeiro, na fábrica de cervejas em Leça do Balio, já em 2028, e nas restantes unidades do grupo (Pedras Salgadas, Vidago, Castelo de Vide e Envendos), em 2030.

OS COLABORADORES E A SUSTENTABILIDADE

Um dos objectivos definidos pela Super Bock centra-se na valorização das pessoas, através da inclusão, diversidade, capacitação e na redução de acidentes e no apoio ao desenvolvimento das comunidades onde a empresa opera. «A nossa estratégia assenta numa postura colaborativa onde os colaboradores são incentivados a participar activamente em iniciativas que visam ajudar quem mais precisa.» Nesse sentido desenvolveram projectos como o Boot Camp, no qual estudantes universitários se juntaram a colaboradores num processo de co-criação para encontrar soluções criativas e inovadoras para implementar em momentos de consumo, identificando assim novas abordagens de actuação no terreno, que facilitem um maior esclarecimento sobre um consumo moderado e consciente.

Em 2021, quando reforçaram a ligação à Associação EPIS no apoio a jovens carenciados no ensino superior, promoveram igualmente o desenvolvimento dos estudantes através da orientação vocacional e profissional, da cidadania e da cultura universal, num contacto de proximidade com colaboradores do Super Bock Group. Na altura do Natal, é também tradição lançarem uma cerveja especial, com cariz solidário.

Com o intuito de causar um impacto positivo na sociedade, robustecemos o apoio ao desenvolvimento das comunidades através da Educação e Cultura, que já temos em curso desde há muito. Com Super Bock, foram uma das marcas mais relevantes no apoio ao país durante a pandemia e, além do fabrico de álcool gel, criaram o Bock in Business para apoiar o tão afectado canal Horeca e a campanha “Amigo Que Tem um Amigo”.

«Apostamos igualmente em parcerias que nos permitam potenciar estes apoios e por isso as marcas Carlsberg e Pedras uniram-se à ANP|WWF.» No caso da marca de cervejas premium do Super Bock Group, foi criado o movimento #probablybetternow, cujo objectivo é sensibilizar a sociedade para a importância do Estuário do Tejo e da sua biodiversidade, promover o conhecimento e apoiar na preservação dos golfinhos- -comuns, e mitigar o impacto humano no ambiente marinho. Este ano já resultou na apresentação do estudo “Golfinhos no Tejo: por um estuário mais saudável”.

Em Pedras, têm em curso o projecto de restauro ecológico dos terrenos contíguos ao Pedras Salgadas Spa & Nature Park, que permitirá expandir o actual espaço arbóreo de 20 hectares do Parque para os 26,3 hectares, tendo por base uma lógica agroflorestal para recuperação dos solos, o aumento da capacidade de retenção de água em 23 m3/ano, e potencial para sequestrar anualmente entre 25 e 69 toneladas de CO2.

Este artigo faz parte do Caderno Especial “Sustentabilidade e Responsabilidade Social”, publicado na edição de Dezembro (n.º 317) da Marketeer.

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