Super Bock 0.0 quer reforçar convivialidade nos escritórios
Sob o conceito “O mesmo espírito, sem álcool”, a Super Bock arranca, amanhã, com uma campanha publicitária que pretende relançar a Super Bock 0.0%. E fá-lo com uma clara ligação do consumo deste produto aos momentos de pausa durante a jornada de trabalho.
Numa apresentação à imprensa, hoje, ao final da manhã, Tiago Brandão, director de Investigação, Desenvolvimento e Inovação do Super Bock Group, explicou que este relançamento está alinhado com a tendência de consumo de cerveja sem álcool para contextos de convivialidade sem álcool.
«Há algum tempo que se assiste ao crescimento de consumo mundial nas cervejas sem álcool. E em Portugal, no período pré-pandémico, também já se assistia a essa tendência», garantiu, salientando que 2,4% do mercado total de cervejas corresponde já às sem álcool cujas características organoléticas têm vindo a ser adaptadas às preferências dos consumidores.
A estratégia da marca Super Bock para o segmento das cervejas sem álcool passa, agora, pelo incentivo aos momentos de convivialidade, nomeadamente aos relacionados com o trabalho. Daí que a campanha de O Escritório conte com dois filmes ligados ao ambiente laboral: um almoço num restaurante a meio do dia de trabalho e um convívio numa sala de reuniões de um escritório. A par disso a marca quer promover a experimentação e, para isso, vai «desenvolver iniciativas com outras empresas com sampling de produto», desvenda. O objectivo? «Reforçar a convivialidade que sentimos que é necessário fortalecer depois destes dois últimos anos.»
Escusando-se a revelar o valor do investimento no rebranding (assinado pela agência britânica Belive) e nesta campanha, Tiago Brandão diz, apenas, que se trata de uma aposta «grande e crescente» do Super Bock Group e que, além da presença em televisão, exterior e digital, terá sampling expressivo em eventos, on trade e off trade.
Parar e beber uma cervejinha
«Somo seres sociais e precisamos de convívio. O isolamento social leva a graves consequências», salientou no evento Paulo Moreira, formado em Psicologia, autor do livro “Inteligência Emocional” e convidado pela Super Bock a dar o seu parecer. E acrescentou: «Os colaboradores em teletrabalho têm interacções diferentes das presenciais; os que ficaram nos postos de trabalho distanciaram-se fisicamente durante a pandemia. E, agora, é necessário recuperar das consequências negativas que surgiram.»
Desde o início da pandemia, salienta, Marlene Fernandes, Sales & Operations Director, Outsourcing da Randstad Portugal, as organizações tiveram de mudar a forma de gerir pessoas. «Apesar das reuniões remotas, as pessoas acabaram por se distanciar.» E ainda que estejam a ser estudados modelos híbridos, «há momentos em que as pessoas têm de estar juntas». Porque, diz, toda a criatividade foi afectada. «É importante voltar ao presencial e as pessoas terem estas interacções.»
E muitas das interacções surgem em momentos de pausa, junto à máquina de café ou da água. Paulo Moreira sublinha que toda a gente precisa de parar. «As paragens diminuem os níveis de stress e aumentam as emoções positivas. Todos temos necessidades de recuperação e as pausas ao longo do dia diminuem a necessidade de recuperação ao final do dia.» Ou seja, permitem recuperar energias e voltar ao trabalho com mais vigor. Há que lembrar, no entanto, diz o psicólogo, que pausas estimulantes e aditivas, como redes sociais e jogos, não fazem bem.
Marlene Fernandes salienta ainda que o tão falado direito a desligar não deve ser só ao fim do dia ou fins-de-semana; deve também ser à hora de almoço, confirmando que «depois de uma pausa a produtividade aumenta». «E porque não pegar numa cerveja às 4 da tarde para uma reunião?», questiona. Permite um ambiente mais descontraído que poderá fomentar a criatividade e, quiçá, ajudar à retenção de talentos. E fazendo a ponte com a campanha publicitária, Paulo Moreira garante: «Quanto mais estamos com alguém, mais gostamos da pessoa. E ao almoço partilha-se aspectos pessoais da nossa vida e ligamo-nos mais às pessoas.»
Texto de Maria João Lima