Somos todos Charlie

Ataque à redacção de Charlie Hebdo provoca reacção global de repúdio e de defesa da liberdade de imprensa. “Je suis Charlie” viraliza na internet.

Após o ataque de três homens à redacção do Charlie Hebdo, em Paris, que vitimou 12 pessoas, entre elas o director do jornal, Stephane Charbonnier (cartoonista que assinava como Charb),  iniciou-se uma onda de solidariedade a nível global ao semanário satírico que já antes tinha sido alvo de ataques de fundamentalistas islâmicos pela publicação de caricaturas do profeta Maomé.

Nas redes sociais, imagens com “Je suis Charlie” (Eu sou Charlie) viralizaram em todo o mundo, substituindo imagens de perfil e de capa. Disseminaram-se mensagens de repúdio no Facebook e no Twitter. Os meios de comunicação, e não só franceses, juntaram-se à luta pela defesa da liberdade de expressão. As manchetes dos jornais franceses cobriram-se de luto esta quinta-feira: “A liberdade assassinada” (Figaro) “Somos todos Charlie” (Libération), “Liberdade 0 – 12 Barbárie” (L´Equipe). A estas juntam-se as primeiras páginas de jornais de outros países: “Um ataque à democracia” (Guardian),  “Ataque à liberdade” (The Times), “Ataque terrorista à liberdade de imprensa no coração da Europa” (El País).

Portugal não é excepção: todos os jornais mencionam na sua capa o sucedido ontem em Paris. Nos editoriais de hoje, destaque para os do Público, Expresso, Diário de Notícias, Jornal de Notícias, i, Correio da Manhã, Observador, Jornal de Negócios e Diário Económico.

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