SodaStream contesta imposto sobre refrigerantes
O imposto sobre bebidas alcoólicas e com açúcar (IABA) poderá aumentar já no próximo ano, de acordo com a versão preliminar do Orçamento de Estado. Além da cerveja, vinhos licorosos e refrigerantes mais tradicionais, também os concentrados são afectados por esta taxa.
A SodaStream é uma das marcas que poderá sofrer com o aumento do imposto. Apesar de o produto principal (uma máquina que permite carbonatar água) não estar abrangido pelo IABA, o mesmo não se pode dizer de alguns dos sabores disponibilizados para aromatizar a água com gás que ajuda a produzir.
João Castro, representante da SodaStream em Portugal, conta à Marketeer que apesar de os sabores que vendem «terem menos 2/3 do açúcar das bebidas convencionais compradas em loja ou apenas o açúcar da fruta acabam por ser atingidos por esta taxa». Uma situação que consideram «injusta porque o açúcar dos concentrados [que vendem] é mínimo e de origem natural».
No portefólio da marca existem também sabores Zero, que não são atingidos pela taxa. No entanto, o cenário ideal para a SodaStream seria aquele em que nenhum dos seus produtos fosse atingido pelo IABA: «Não é um refrigerante. É uma bebida natural que podemos fazer em casa ou em qualquer lugar. Como e quando queremos.»
Parte do problema poderá estar no próprio consumidor, que não consegue distinguir entre bebidas com gás e refrigerantes. A solução passará pela desmistificação desta questão, segundo avança o mesmo responsável: «Muitas pessoas pensam que uma bebida com gás é um refrigerante. Nada mais errado. O que torna uma bebida um refrigerante é a seu elevado grau de açúcar ou adoçantes artificiais. O que faz mal no consumo de um refrigerante é o açúcar e não o gás», resume João Castro.
E a SodaStream sabe que também tem opções com açúcar, mas reitera que as suas características não as tornam elegíveis para constar na lista dos produtos afectados pelo IABA.
Texto de Filipa Almeida