SIBS lança cartão com Braille para dar autonomia a pessoas com deficiência visual
A SIBS juntou-se à ACAPO – Associação dos Cegos e Amblíopes de Portugal para lançar aquele que afirma ser o primeiro cartão inclusivo para pessoas com deficiência visual. Tendo em conta que, actualmente, 23.396 pessoas em Portugal não conseguem ver e 3,7% da população tem muita dificuldade em utilizar o cartão bancário, a entidade lança no mercado esta solução para que estas pessoas possam realizar a tarefa de forma mais autónoma, segura e privada.
Disponível para cartões bancários e não bancários, esta solução inclui identificação e caracteres em Braille e tem como objectivo permitir os utilizadores invisuais ou com baixa visão consigam distinguir os vários tipos de cartão por tipo de utilização. A tecnologia foi desenvolvida pela SIBS e passa a estar disponível para todos os seus clientes e parceiros em Portugal e no estrangeiro que pretendam aderir.
«Trabalhamos diariamente para colocar o melhor da tecnologia ao serviço da sociedade, contribuindo para um futuro mais equilibrado e seguro. É com orgulho que, depois de quase dois anos de desenvolvimento e melhoramento do projecto, somos mais uma vez agentes de mudança, assegurando a utilização de cartões de forma autónoma, privada e segura, em terminais de pagamento e caixas automáticos, por parte de um cego ou amblíope», afirma, em comunicado, Gonçalo Campos Alves, director-geral da SIBS Cartões.
Com esta solução, qualquer pessoa poderá identificar tanto o tipo de cartão – bancário, de fidelização, de acesso ou outro; débito, crédito, pré-pago, entre outros – como a entidade emissora com plena autonomia. A inclusão do Braille nos cartões vem complementar o corte efectuado no cartão em formato de meia lua que permite identificar o lado correcto para utilização do cartão.
«Este projecto é um passo importante não só para as pessoas cegas ou com baixa visão e para todos os que lhes são mais próximos, mas também para a consciencialização da comunidade sobre a importância do acesso igual e acessível a todos. Desta forma, um maior número de entidades poderão adoptar no seu dia-a-dia práticas inclusivas, quer para a informação que produzem quer para o relacionamento com os seus clientes», diz Rodrigo Santos, presidente da Direcção Nacional da ACAPO.