Um novo relatório da Greenpeace divulgado em novembro revela que o vestuário vendido pela Shein continua a conter substâncias químicas perigosas que ultrapassam os limites estabelecidos pela União Europeia, diz a AFP.
Das 56 peças analisadas, 18 apresentavam níveis de químicos nocivos, incluindo alguns que excediam de forma significativa os limites definidos pelo regulamento europeu REACH. Sete produtos, principalmente casacos, continham PFAS em concentrações até 3.300 vezes superiores ao permitido, enquanto catorze peças tinham níveis de ftalatos que, em seis casos, superavam em mais de 100 vezes os limites legais, notícia a fashion network.
“Estas substâncias estão presentes também em roupas infantis e podem entrar no organismo humano pela pele ou pela inalação de fibras. As crianças correm riscos adicionais, pois podem levar as roupas à boca ou engoli-las acidentalmente”, pode ler-se, além disso, “a lavagem destas peças contribui para a contaminação dos rios, solos e da cadeia alimentar”.
O alerta da Greenpeace não é novo: em 2022, a organização já tinha identificado produtos problemáticos entre as peças testadas da Shein. A empresa mantém um modelo de produção intensivo, com um dos sites de moda mais visitados do mundo, e continua a vender produtos que não cumprem os requisitos europeus de segurança química.
