SheIn confirma casos de trabalho infantil entre fornecedores

A SheIn revelou no seu relatório de sustentabilidade de 2023 a descoberta de dois casos de trabalho infantil entre os seus fornecedores no ano passado. A empresa intensificou as auditorias aos fabricantes na China numa tentativa de responder às críticas sobre o seu modelo de negócio de baixo custo, avança a Reuters.

De acordo com o relatório, a SheIn suspendeu as encomendas dos fornecedores envolvidos, retomando apenas após terem implementado medidas rigorosas, incluindo a verificação adequada dos documentos de identidade dos trabalhadores. Os casos foram “resolvidos rapidamente”, com acções correctivas que incluíram a rescisão dos contratos dos trabalhadores menores de idade, a realização de exames médicos e o repatriamento para os seus pais ou tutores.

Após estas descobertas, a SheIn actualizou a sua política de fornecedores em Outubro de 2023. Agora, qualquer violação grave, como o recurso a trabalho infantil, resulta na rescisão imediata do contrato com o fornecedor. Anteriormente, os fornecedores tinham 30 dias para resolver a situação antes de serem dispensados.

Annabella Ng, directora sénior de relações governamentais globais da SheIn, destacou que a política actualizada teve em conta o feedback de reguladores e fornecedores. A empresa, que tinha anteriormente partilhado apenas percentagens, revelou que, em 2021, 1,8% das auditorias detectaram menores no local de trabalho, valor que desceu para 0,1% em 2023.

A SheIn, conhecida por vender produtos a preços muito acessíveis, conduziu 3.990 auditorias em 2023, um aumento significativo face às 2.812 realizadas no ano anterior. A retalhista também se comprometeu a aumentar a utilização de agências independentes, como Bureau Veritas e SGS, para garantir a conformidade de 100% das suas auditorias.

A empresa declarou que permanecerá vigilante na sua luta contra violações laborais e tomará medidas imediatas contra quaisquer fornecedores não conformes.

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