Seniores são o segmento de jogadores que mais rápido cresce em todo o Mundo

Desengane-se quem está convicto de os Millennials e os membros da Geração Z são os únicos adeptos de videojogos. Um estudo elaborado pela GWI junto de 15 mercados, a nível global, mostra que os seniores entre os 55 e os 64 anos correspondem, na verdade, ao segmento de jogadores com o ritmo de crescimento mais acelerado.

Também conhecidos como Old-Aged Gamers (OAGs), estes jogadores cresceram 32% no ano passado, deitando por terra o estereótipo habitualmente associado a esta actividade. Segundo a análise, reportada pelo WARC, os públicos mais jovens continuam a ser fãs de videojogos, mas a comunidade no seu todo é, afinal, mais diversa do que seria de esperar: 86% de todos os internautas jogou algum jogo na segunda metade de 2020.

Embora a pandemia possa aparecer como a explicação mais evidente para este aumento do interesse pelos videojogos, outro estudo da GWI mostra que somente 2% dos internautas britânicos e norte-americanos começou a jogar desde o início da crise sanitária.

Com ou sem coronavírus, o “gaming” parece estar a tornar-se cada vez mais popular, nomeadamente entre avós e pais com crianças a partir dos três anos. Estes números apontam para uma nova tendência que eleva os videojogos a actividade para se realizar em família.

Ainda assim, socializar e passar tempo com amigos é a razão mais apontada pelos jogadores, reunindo 26% das respostas. Há também quem queira fugir da realidade (22%) e quem destaque o lado imersivo das histórias que acompanham os jogos (18%).

Segundo David Melia, vice-presidente de Sports & Gaming na GWI, os jogos transformaram-se numa espécie de rede social. «Os gamers querem interagir entre si e partilhar as suas conquistas e experiências. Ter uma função social nestes jogos também promove um desejo de inclusão. Os gamers querem destacar-se por entre os seus companheiros de jogos», conta o responsável.

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