Sector dos eventos manifesta-se por medidas de sobrevivência
A Associação Portuguesa de Serviços Técnicos para Eventos (APSTE) pretende chamar a atenção do Governo de forma a serem adoptadas medidas para a assegurar a sobrevivência do sector num contexto adverso.
Para tal, agendou uma manifestação pacífica, no próximo dia 11, pelas 20 horas, no Terreiro do Paço, em Lisboa. Serão colocadas várias instalações compostas por FlightCases, com as insígnias de cada empresa da APSTE, criando “mancha” visual e ocupando o perímetro da Praça do Comércio. Será reproduzido um vídeo mapping nas fachadas do Terreiro do Paço, composto por um conjunto de imagens, vídeos e frases que pretendem reflectir o estado de espírito do sector.
Em comunicado, a associação explica que, ao contrário de outros sectores, “não há uma data definida para a sua reabertura, nem uma posição concreta, por parte do Governo, quanto às medidas a adoptar para mitigar os danos causados nesta indústria, que tem feito um elevado esforço financeiro para manter postos de trabalho e as respectivas estruturas. Falamos de milhares de técnicos de som, iluminação, vídeo, riggers, stagehands entre outros profissionais”.
Segundo um inquérito realizado pela APSTE, durante o mês de Maio, 93% das empresas associadas não efectuaram despedimentos, mas 60% recorreram ao lay-off. Além disso, revela que 56% das empresas não têm liquidez para pagar os salários nos meses de Agosto e Setembro.
A dinâmica desta iniciativa vai seguir uma premissa organizada e concertada, através de uma acção pensada e executada em conjunto com as 140 empresas pertencentes à APSTE, que só o ano passado representou uma facturação superior a 130 milhões de euros.
Nesse dia, irá igualmente acontecer uma acção em Inglaterra, apelidada “Light in Red”, por parte das empresas de audiovisuais, que consistirá em iluminar a vermelho vários edifícios em diversas cidades. Desta forma, a APSTE pretende participar neste movimento global, e nos últimos 15 minutos da sua acção, irá também iluminar toda a Praça do Comércio de vermelho.
A APSTE explica que, por razões de segurança relacionadas com Covid-19, só os participantes acreditados terão autorização para marcar presença na acção.