Sector do marketing e publicidade é mais inclusivo em Portugal do que na média global

O sector do marketing e da publicidade em Portugal é mais inclusivo (66%) comparativamente com os resultados globais de outros países (63%), revela a segunda edição do Global DEI Census, estudo liderado pela World Federation of Advertisers (WFA) que avalia o estado da diversidade, equidade e inclusão no setor do Marketing.

O valor nacional cresceu comparativamente com 2021 (62%), uma tendência contrária à média global, que desceu de 64% para 63%. Entre as várias matérias analisadas destaca-se a saúde mental, com 41% dos respondentes nacionais a referir que está frequentemente em stress no trabalho e apenas 46% concorda que o seu local de trabalho é aberto à saúde mental.

Contudo, no que diz respeito às diferenças de género regista-se uma disparidade salarial considerável em Portugal neste sector. Nos níveis de gestão executiva e administração as mulheres recebem em média menos 29% do que os homens e ao nível de outros colaboradores seniores recebem em média menos 11%. Nos cargos de menor responsabilidade a um nível mais júnior as mulheres recebem em média mais 23% do que os homens.

Neste sentido, 11% dos entrevistados indica que provavelmente deixá o sector com base na falta de inclusão e diversidade ou preferindo não responder a essa pergunta. Esse valor aumenta para 38% no caso dos respondentes com deficiência.

Os principais factores de discriminação em Portugal no sector são a idade e a situação familiar: 35% dos respondentes acredita que, na sua empresa, a idade pode ser um obstáculo, e essa percentagem aumenta quer nos grupos etários mais jovens quer nos mais velhos, com 41% para os 18-24 anos e 50% para os 65+. Regista-se um quadro semelhante em relação à situação familiar, com 41% daqueles que têm responsabilidades de cuidador a indicarem que acreditam que a situação familiar dificulta a carreira na sua empresa.

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