Samsung, Hyundai, Kia, LG: As marcas que podem sair lesadas pelo conflito na Coreia do Sul

Na terça-feira à noite, Yoon Suk-yeol comunicou ao país a imposição da lei marcial para “erradicar as forças a favor da Coreia do Norte e proteger a ordem constitucional” das atividades “anti-estatais”, tendo acusado o principal bloco da oposição, o Partido Democrático (PD).

Poucas horas depois, o Presidente suspendeu a lei marcial, depois de o parlamento da Coreia do Sul ter revogado a decisão, numa sessão plenária extraordinária convocada numa altura em que milhares protestavam nas ruas de Seul.

Perante este conflito, tem-se gerado uma incerteza económica e quedas nos valores das ações das principais empresas, podendo pode afetar negativamente as exportações e a confiança dos consumidores, fundamentais para o crescimento das marcas.

A Coreia do Sul levou anos para se afirmar como elemento importante na economia global, tendo-se destacado indústrias ligadas à eletrónica, automóvel, naval e siderúrgica. Exemplos disso são marcas como a Samsung, Hyundai, Kia e LG que são reconhecidas internacionalmente pela sua qualidade e inovação e competem nos mercados mais exigentes.

Um cenário de instabilidade política, poderá resultar num menor investimento estrangeiro e interno, afetando diretamente o crescimento e a expansão dos negócios. Como consequência, poderá haver uma diminuição da produção e uma menor capacidade de resposta à procura global.

A Samsung e Hyundai, cujas vendas no exterior representam uma parte considerável das suas receitas, poderão acabar lesadas por todo este cenário, assim como a LG e a Kia que poderão ver as suas vendas a cair.

Outro fator a considerar é a queda no valor das ações. Esta quarta-feira, o índice Nikkei, principal indicador da bolsa de Tóquio, fechou com um ganho ligeiro de 0,07%, numa sessão marcada pela força do iene e a instabilidade política da Coreia do Sul, enquanto o principal índice da Bolsa de Xangai desceu 0,42%.

As empresas coreanas registaram uma queda nos preços das ações devido à incerteza gerada pelo conflito político. Isto afeta a capacidade das empresas de financiar projetos ou expandir as suas operações, limitando planos de marketing e publicidade.

 

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