Samsung admite fiasco no negócio dos tablets
A empresa tecnológica sul-coreana Samsung admitiu ontem, no World Mobile Congress, em Barcelona, que a sua tentativa de vingar no mercado dos tablets tem sido, até agora, um fracasso. A principal aposta da empresa este ano passa pelo novo Galaxy Note, um dispositivo híbrido que combina as características de um tablet às de um smartphone.
«Honestamente, não estamos a ter muito sucesso no mercado dos tablets», afirmou ontem aos jornalistas Hankil Yoon, product strategy executive da Samsung, citado pelo site Cnet.
Na feira tecnológica de Barcelona, a empresa sul-coreana, sediada em Suwon, prepara-se para apresentar o novo modelo Galaxy Note, com um ecrã de 10,1 polegadas, que mistura as funcionalidades do smartphone Galaxy S às do tablet Galaxy Tab, e que permite aos consumidores tomar notas no dispositivo com recurso a uma caneta especial (a S-Pen). O novo dispositivo sucede ao modelo de cinco polegadas, que já se encontra no mercado, mas que tem sido alvo de críticas do público devido, sobretudo, à pequena dimensão do ecrã. Segundo Hankil Yoon, a Samsung não espera vender mais do que 10 milhões de unidades na versão de cinco polegadas.
Quando questionado sobre a redundância destes produtos (há ainda mais versões, como a de sete polegadas), Yoon respondeu que espera que o modelo apresentado no World Mobile Congress canibalize as vendas do principal tablet da Samsung, o Galaxy Tab 10.1. «A melhor solução para sobreviver no mercado é matar os nossos produtos», disse Hankil Yoon, explicando a opção pela vontade de «continuar a ser competitivos no mercado».
Segundo dados da consultora de mercado IHS iSupply , citados pelo site da Exame brasileira, no último trimestre de 2011, a Apple registou uma quota de mercado no segmento dos tablets de 57%. Atrás do iPad, o tablet mais vendido à escala global foi o Kindle Fire, conferindo à Amazon uma participação de 14%. De seguida, surgem a Samsung (9%), Barnes & Noble (7%) e Asus (2%).
Ontem, a Samsung revelou que espera dobrar as vendas de smartphones este ano, mas não divulgou qualquer estimativa para os tablets.