Salas de espectáculos da Avenida da Liberdade dizem não ao encerramento da circulação rodoviária
Recentemente, a oposição da Câmara Municipal de Lisboa aprovou uma medida que encerra a circulação rodoviária na Avenida da Liberdade, em Lisboa, aos domingos e feriados, como forma de contribuir para uma menor poluição do ambiente e para reactivar o programa “A Rua é Sua”.
Contudo, a novidade rapidamente despertou opiniões favoráveis e menos favoráveis, como é o caso de diversas salas de espectáculos localizadas nesta avenida ou nas suas imediações, nomeadamente, o Coliseu dos Recreios, o Teatro Politeama, o Teatro Tivoli BBVA, o Capitólio, o Teatro Maria Vitória, o Cinema São Jorge e o Teatro Nacional Dona Maria II.
De acordo com o comunicado de imprensa enviado às redacções, as organizações destes espaços afirmam que, no seu conjunto, têm capacidade para oito mil pessoas, “constituindo os domingos e feriados os dias mais importantes, por se poderem realizar sessões múltiplas, atingindo muitas vezes as 22 mil pessoas ao longo do dia”.
No documento é ainda levantada a questão do acesso das carrinhas com materiais necessários à montagem e desmontagem dos espectáculos , que se realiza no próprio dia, “pelo que ‘in extremis’ as salas podem ser privadas de operarem em 66 dias por ano (soma dos domingos e feriados) o que significaria o seu encerramento por falta de viabilidade económica”.
Os representantes lamentam ainda o facto de esta decisão ter sido tomada sem que as suas opiniões fossem ouvidas e “sem a sensibilidade para perceber” que Portugal é um dos países com os hábitos culturais mais baixos da Europa e que “a oferta de espectáculos representa uma ferramenta importante da capacidade de atracção turística e económica do País”.