Saiba como manter o sucesso da sua marca durante uma crise
Depois de um par de anos a batalhar a crise pandémica trazida pela Covid-19, a combater os problemas com a cadeia de abastecimento e a apostar na sustentabilidade, as marcas são ainda um dos principais alvos da inflação e da subida dos preços da energia e da matéria-prima, por exemplo.
Dadas as circunstâncias, as empresas de todo o mundo têm decisões importantes a tomar sobre a forma como vão definir preços, garante Will Humphrey, Strategy director da Wunderman Thompson, citado pelo WARC.
No fundo, o que o profissional pergunta é: os consumidores compram os produtos ou os serviços de determinada marca para satisfazerem as suas necessidades ou as de outros? Aquilo que a marca fornece é um símbolo de status ou recai mais para o lado de algo utilitário e funcional?
Desta forma, durante uma crise e no momento de decidir preços, os profissionais de marketing devem ter atenção a quatro temas centrais:
– Os efeitos da crise não se vão sentir de forma regular: dependendo do público-alvo e daquilo que vendem, algumas marcas vão ter de tomar decisões muito mais drásticas do que outras;
– Para os consumidores, todas as marcas estão entre o status e a satisfação: as marcas não são criadas de forma igual. Algumas vendem status e podem elevar os preços sem grandes consequências. Outras, que satisfazem simplesmente uma necessidade, ao subirem ligeiramente os preços podem sofrer muito mais;
– Uma crise não vai impedir os consumidores de consumir: os profissionais de marketing mais perspicazes vão dar importância às pequenas mudanças no comportamento do consumidor e em como isso pode ajudar a guiar a actuação da marca;
– É importante reconhecer que a equidade é soberana: a transparência é crucial. Os consumidores conseguem descobrir facilmente o porquê de os preços subirem e muitos podem compreender as razões. Contudo, se o objectivo for simplesmente o lucro, a reacção não será tão positiva, especialmente se os concorrentes não o tiverem feito.