Sabe o que é um vinho certificado?

São muitos os que bebem e apreciam vinho mas nem todos saberão o que é um vinho certificado. Para clarificar o termo, a Comissão Vitivinícola Regional Alentejana (CVRA) criou um espaço no seu site para que consumidores (e também produtores) entendam como são certificados os vinhos com Denominação de Origem Alentejo ou Regional Alentejano.

«Trata-se de um processo que garante a origem e a qualidade da região alentejana. O processo tem 12 passos, desde a aprovação do terreno à das vinhas. Depois de produzidos, os vinhos são provados e, mesmo que aprovados, as garrafas têm de ser avaliadas também», sublinha Tiago Caravana, responsável de Comunicação da CVRA, entidade que controla os vinhos com as denominações mencionadas.

Depois de aprovados os solos, a CVRA abre uma conta-corrente que estará associada a cada produtor, a fim de ter informação sobre a sua produção e stocks. Assim que o produtor tenha os seus lotes de vinho terminados, estes serão submetidos a análises físico-químicas e a provas sensoriais. O processo de certificação segue depois para a aprovação do rótulo e controlo dos vinhos já nas prateleiras em Portugal e no estrangeiro, para maior garantia aos consumidores.

Assim que o produtor solicita a certificação do seu vinho, são necessários cinco dias para obter a mesma (ou não, caso se verifiquem anomalias no vinho como odor, sabor, excesso de álcool ou açúcar ou até defeitos na garrafa).

«É importante para o consumidor perceber a qualidade dos vinhos que consome. E, para o produtor, é uma forma de promover os seus vinhos, especialmente nos mercados externos, que valorizam bastante os produtos certificados», explica Tiago Caravana.

De referir apenas que um vinho DOC Alentejo (Denominação de Origem Controlada) é produzido a partir de uvas produzidas em uma ou mais das oito zonas DOC: Portalegre, Borba, Redondo, Évora, Reguengos, Granja-Amareleja, Vidigueira e Moura. Já o vinho regional alentejano é produzido com uvas das restantes localidades desta zona geográfica.

Texto de Rafael Paiva Reis

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