Sabe distinguir produtos lácteos de alternativas de origem vegetal?
A expressão “leite vegetal” tem gerado alguma polémica no sector alimentar, uma vez que há quem considere que o leite apenas pode ser de origem animal. As possíveis dúvidas associadas à nomenclatura escolhida pelas marcas para os seus produtos estão a levar a União Europeia (UE) a estudar um reforço das restrições e uma regulamentação mais limitativa relativamente aos nomes que podem ser dados a alternativas vegetais.
Mas será que este é mesmo um problema? Um estudo da Universidade Católica para a Upfield (dona das marcas Planta e Becel) revela que 76,4% dos consumidores portugueses não está de acordo com as alterações colocadas em cima da mesa pela UE. No mesmo sentido, 75,5% gostaria que as restrições aplicadas na rotulagem dos produtos lácteos fossem tão rígidas como as que dizem respeito aos produtos de origem vegetal.
Por outro lado, apenas 11,2% dos consumidores está a par da actual legislação que regula a rotulagem de produtos de origem vegetal.
O estudo, realizado com base numa amostra representativa de 1.013 cidadãos, indica que 95,9% dos inquiridos sabe distinguir produtos lácteos e produtos de origem vegetal e não se confunde com as diferentes opções disponíveis no mercado.
Além disso, 76,4% entende que termos como “cremoso” ou “não contém lactose” poderão aparecer nos rótulos para qualificar alternativas de origem vegetal. Porém, a Alteração 171 sugerida pela União Europeia não permite este tipo de expressões.
Segundo Álvaro Carrilho, head of Sales Portugal da Upfield, a mudança proposta pode implicar também outro tipo de restrições, nomeadamente a proibição de produtos de origem vegetal usarem embalagens com a forma de copo de iogurte.