Riscos macroeconómicos mantêm-se em nível alto

Na edição mais recente do painel de riscos do sector segurador, publicado pela Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF), mantém-se a avaliação de risco no nível alto, apontando as tensões geopolíticas e o abrandamento do crescimento da economia, segundo informação avançada pela Lusa.

“A categoria de riscos macroeconómicos mantém a avaliação de risco no nível alto”, indicando que a nível nacional se registou “um abrandamento da taxa de crescimento da economia em Setembro de 2023, face ao trimestre anterior, bem como uma desaceleração da inflação, na variação em cadeia, no mês de Dezembro”, salienta a agência noticiosa. No panorama internacional, persistem as vulnerabilidades relacionadas com os conflitos geopolíticos, nomeadamente no Leste e no Médio Oriente.

Segundo a Lusa, a ASF disse ainda que os riscos de crédito “permanecem classificados em médio-alto” destacando “as vulnerabilidades decorrentes do aumento da pressão sobre as condições de financiamento dos agentes económicos”. Também os riscos de mercado se mantêm “avaliados em médio-alto”, tendo em conta “um aumento da volatilidade nos mercados obrigacionistas no período mais recente, enquanto persiste a relevância do risco de correcção descendente futura nos preços dos activos”.

A entidade colocou ainda os riscos de liquidez em médio-baixo, apontando “uma ligeira redução no rácio global de liquidez dos activos dos fundos de pensões”.

Os riscos de interligações são classificados pela ASF em médio-baixo, salientando que se assiste “a uma ligeira diminuição da exposição do sector dos fundos de pensões à dívida soberana nacional e às instituições bancárias, por contrapartida de um aumento, também comedido, da exposição a outras instituições financeiras”. Segundo a ASF, “observou-se um aumento da concentração dos activos tendo por base o respetivo sector de actividade”.

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