A alimentação influencia a fertilidade?
Em primeiro lugar, há que salientar que a eficácia da utilização de métodos naturais para uma concepção bem-sucedida mais rápida está sempre dependente da história clínica do casal e das condições de saúde do mesmo. É crucial também relembrar que, de acordo com os especialistas, a preparação para a concepção deve ser feita com três meses de antecedência, no mínimo. Isto porque este é o tempo necessário para que os óvulos da mulher amadureçam e sejam libertados no período de ovulação, assim como também é o tempo que leva a que as células do sémen fiquem preparadas para fertilizar o óvulo. Este é chamado de período pré-concepcional.
Como não podia deixar de ser, existem nutrientes e alimentos que influenciam o organismo humano a funcionar melhor. Por essa razão, uma dieta nutritiva e equilibrada tem, logo à partida, várias vantagens: tem a capacidade de aumentar as probabilidades de engravidar, aumenta as hipóteses de gerar um bebé saudável e ainda ajuda a preparar o corpo da futura mamã para a fase que acontece imediatamente a seguir ao parto, a amamentação.
Dieta Mediterrânica
Uma das melhores opções é praticar a dieta Mediterrânica, visto que esta é rica em nutrientes. Esta dieta privilegia o consumo de legumes, frutas e carnes brancas, assim como não aconselha a ingestão de alimentos processados e com elevado teor de açúcar. Esta dieta ajuda a equilibrar o funcionamento do organismo humano e, como tal, aumenta a fertilidade do casal. No caso do povo português, esta opção é até natural, uma vez que estamos a falar da base de alimentação do nosso país.
E tal como existem alimentos que estimulam a fertilidade, existem alimentos que fazem precisamente o contrário. Daí a importância de os dois elementos do casal praticarem um regime alimentar equilibrado e nutritivo.
Excesso de peso
Agora é altura de falarmos de forma física, mais especificamente, sobre o peso. Um peso excessivo é prejudicial à saúde por aumentar o risco de diabetes e hipertensão, mas é também a causa de algumas alterações hormonais que afectam negativamentea fertilidade masculina e feminina. No que respeita aos homens, um excesso de tecido adiposo origina uma redução na produção de testosterona que, por sua vez, pode diminuir a libido e dificultar a erecção, além de reduzir a qualidade do esperma. Para dar um exemplo, um homem com excesso de peso tem uma concentração de espermatozóides 10% inferior à de um homem com peso médio.
Já no caso das mulheres, o peso inadequado influencia a quantidade de produção de estrogénio e, consequentemente, este desequilíbrio dificulta e muito a ovulação. E atenção quando falamos em peso inadequado estamos a falar de pesos acima e abaixo da média. Um peso excessivo origina excesso de estrogénio, assim como um peso baixo provoca a escassez desta hormona feminina. Ambas as situações diminuem as hipóteses de uma concepção bem-sucedida.
Em jeito de resumo, quando o casal decide ter um filho deve avaliar o seu estilo de vida, onde se inclui a alimentação praticada. Deve manter a forma física, sendo que o peso não deve pecar nem por ser excessivo, nem por ser reduzido. O exercício físico, por sua vez, também não deve ser intenso, assim como o repouso nocturno é essencial que seja cumprido em horas suficientes para o organismo. Resta-nos apenas desejar aos futuros papás que tenham, muito em breve, nos braços o seu filho desejado.