Restrições no turismo afectam gigante do luxo: Hermès aponta para futuro incerto

As vendas da Hermès parecem estar a melhorar no continente asiático, cuja economia estará a recuperar mais rapidamente do que a de outras regiões. Por outro lado, na Europa e nos Estados Unidos da América, a gigante de luxo aponta para um cenário difícil, segundo adianta a agência Reuters.

No geral, a Hermès fechou o segundo trimestre deste ano com uma quebra de 42% nas vendas devido à pandemia de COVID-19. O grupo francês, responsável pelas malas Birkin, por exemplo, mostra-se, por isso, cauteloso em relação ao futuro: não consegue fazer previsões para o total do ano.

Um dos principais problemas terá por base o chamado turismo de compras. O CEO Axel Dumas sublinha que é impossível prever quando é que os turistas estrangeiros regressarão às viagens, sendo que este grupo chega a representar 70% das vendas europeias nos meses de Verão no total do sector do luxo.

Dados da UBS mostram que a Hermès estará menos depende deste tipo de vendas do que outras empresas do segmento, mas que os turistas ainda representam 35% da facturação global.

A Hermès não tenciona, porém, cruzar os braços. Anunciou a contratação de 250 pessoas na primeira metade do ano (maioritariamente na área de produção) e garante ter continuado a investir na expansão da sua capacidade de produção de artigos de pele em França. A par disso, avançou com uma subida ligeira dos preços.

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