Reputação de Portugal em queda
A reputação de um país está intrinsecamente relacionada com a vontade de o visitar, de comprar os produtos e serviços que exporta, de nele investir, viver e trabalhar. A conclusão é do “Country RepTrak 2011”, estudo anual realizado pelo Reputation Institute, que avalia a percepção de mais de 42 mil consumidores dos países do G8, no que respeita a 54 países em todo o mundo.
De entre os países avaliados, o Canadá, que assumia a segunda posição do ranking em 2010, é o que responde este ano pela melhor reputação.
Seguem-se a Suécia, Austrália, Suíça e Nova Zelândia, países que têm por denominadores comuns as democracias consolidadas, os PIB per capita elevados, sistemas políticos desenvolvidos e ambientes naturais e culturais apelativos. Nos últimos lugares da tabela encontram-se, por sua vez, o Paquistão, Irão e Iraque. Já no meio do ranking surgem os EUA e a China.
Este ano, em relação a 2010, Portugal caiu duas posições, ocupando agora o vigésimo primeiro lugar. O que significa que o índice de reputação do País recuou para níveis inferiores aos verificados em 2009.
A beleza do País, o ambiente cultural, a simpatia e o acolhimento característicos do seu povo e o estilo de vida atractivo são os aspectos mais valorizados em Portugal, salienta Pedro Cabrita Carneiro, director-geral do Reputation Institute em Portugal.
O estudo pôde ainda registar uma descida geral da pontuação média de todos os países avaliados, fruto de «uma maior desconfiança» manifestada pelo público dos países do G8. A crise económica e a consequente perda de credibilidade dos políticos a nível mundial foram alguns dos critérios que motivaram este sentimento.
Também Espanha, Irlanda e Grécia viram a sua reputação ser afectada pela situação económica e política, tendo caido cinco, seis e sete posições no ranking, respectivamente. A Alemanha, por sua vez, subiu cinco posições para o 11º lugar.