Reino Unido aperta regras para moda vegan

Dizer que é vegan não é suficiente. No Reino Unido, as marcas que se quiserem apresentar ao mercado como tendo soluções de moda para consumidores que não aprovam a utilização de materiais de origem animal têm pela frente linhas orientadoras mais apertadas. O British Retail Consortium (BRC) quer garantir que as peças de roupa e acessórios vegan são, de facto, 100% de origem vegetal.

Segundo o The Guardian, a decisão surge no âmbito do aumento da exigência dos consumidores relativamente à oferta de produtos éticos. O jornal britânico lembra que a aposta nesta categoria tem sido transversal e que grandes marcas como Marks & Spencer ou Top Shop se juntam a pequenos projectos independentes.

Para que um produto seja considerado vegan não deve apenas eliminar tecidos de origem animal da sua etiqueta. Não basta dizer que não a peles ou lãs. É preciso garantir que todos os materiais utilizados no processo de produção também são vegan, prestando especial atenção a colas, tintas e ceras.

Um produto também só se poderá apelidar de vegan se representar uma alternativa a um artigo tradicionalmente produzido com recurso a materiais ou matérias-primas animais. Se o produto sempre foi vegan mas nunca foi vendido dessa forma, fazê-lo agora poderá ser visto como uma forma de enganar os consumidores.

O BRC alerta ainda os retalhistas para outra questão: não devem apresentar um produto como sustentável só porque é vegan – tal como uma dieta vegetariana não é obrigatoriamente saudável.

Leah Riley Brown, do BRC, acredita que se os retalhistas cumprirem estas linhas orientadoras, os consumidores poderão confiar a 100% nos produtos que colocam no carrinho de compras. No entanto, este é apenas um guia e não uma nova lei, pelo que as marcas poderão optar simplesmente por fechar os olhos.

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