Reclamações sobem 12% nos seguros mas 43% tem um resultado favorável

No primeiro semestre deste ano, a Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF) tomou conhecimento de 4.511 reclamações. Este número corresponde a um aumento de 12% relativamente ao primeiro trimestre de 2021, quando se tinham registado 4.029 reclamações.

A ASF considera que esta evolução é justificada, em parte, pela retoma progressiva da actividade económicao, afectada anteriormente com as restrições associadas à pandemia de Covid-19.

A informação estatística divulgada tem por base reclamações dos tomadores de seguros, segurados, subscritores, participantes, beneficiários e lesados, entre Janeiro e Junho de 2022. Neste período, o Livro de Reclamações Electrónico (LRE) continuou a ser o meio preferencial para o consumidor apresentar uma reclamação, representando 53% dos processos abertos (versus 48% em 2021). Trata-se de uma subida de 23% face ao período homólogo.

Juntando as versões electrónicas e físicas do Livro de Reclamações, este meio foi responsável por 66% das reclamações recebidas, comparando com 58% em 2021.

Segundo a ASF, os processos de reclamação concluídos neste semestre, num total de 3.823, continuam a dizer predominantemente respeito aos seguros dos ramos Não Vida (84%), com destaque para o seguro automóvel (36%) e para o seguro de incêndio e outros danos (21%).

Os seguros do ramo Vida e os Fundos de Pensões, por seu turno, representaram 12% e 1% das reclamações analisadas, respectivamente.

Quanto ao desfecho destas reclamações concluídas, a ASF indica que 43% teve um resultado favorável para o reclamante (versus 37% em 2021).

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