Receitas publicitárias penalizam lucros da Cofina em 2012

cofina mediaO grupo de media Cofina anunciou ontem um resultado líquido consolidado de 3,9 milhões de euros em 2012, o que representa um decréscimo de 17,1% em relação aos 4,8 mil milhões de euros no ano anterior.

No período em análise, o EBITDA (resultado antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) consolidado do grupo caiu 16,3%, para 16,5 milhões de euros, e correspondendo a uma margem EBITDA de 14,6%. Os resultados reflectem as dificuldades sentidas pelo grupo num ano que “ficou caracterizado por uma contracção da actividade económica doméstica, com enfoque especial no consumo privado, o que levou a uma redução muito significativa do investimento publicitário”, explica a Cofina em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

As receitas operacionais do grupo, que detém títulos como Jornal de Negócios, Record, Correio da Manhã e Sábado, caíram 10,5%, para 113,3 milhões de euros, prejudicadas pela “descida das receitas de publicidade (-21%) e das receitas de circulação (-7%)”, adianta a Cofina. No segmento jornais, as receitas do grupo liderado por Paulo Fernandes diminuíram 9,1%, enquanto no segmento revistas contraíram 15,3%.

Ainda assim, “as medidas de controlo e racionalização de custos que têm vindo a ser adoptadas pela Cofina permitiram continuar a acomodar, ao nível do EBITDA, uma parte muito significativa das quedas registadas nas rubricas de receitas”, refere o grupo.

Em 2012, os custos operacionais da empresa caíram 9,5%, para 96,8 milhões de euros. Em 31 de Dezembro de 2012, a dívida líquida nominal da Cofina era de 73,1 milhões de euros, o que representa uma redução de cerca de 6,7 milhões de euros relativamente ao período homólogo de 2011.

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