Receitas do Twitter duplicam à porta do IPO

twitter-ipo_2A cerca de um mês da operação de Oferta Pública Inicial (IPO, na sigla inglesa), a rede de microblogging Twitter anunciou que as suas receitas mais do que duplicaram no terceiro trimestre do ano, para 168,6 milhões de dólares (cerca de 124,6 milhões de euros). Ainda assim, os prejuízos da companhia agravaram-se, o que poderá dificultar a angariação de investidores para a entrada em Bolsa.

Os resultados foram ontem revelados num documento enviado pelo Twitter à Securities and Exchange Commission (SEC), o operador do mercado de capitais norte-americano. De acordo com o documento, citado pela agência Bloomberg, nos primeiros nove meses do ano os prejuízos da companhia ascenderam a 133,8 milhões de dólares (98,8 milhões de euros), o que compara com os prejuízos de 70,7 milhões de dólares no período homólogo do ano passado.

A rede de microblogging anunciou ainda que, após o IPO, as suas acções serão colocadas na Bolsa de Nova Iorque. A companhia, sediada em São Francisco, EUA, utilizará o símbolo TWTR.

Na semana passado, o Twitter já havia enviado um relatório à SEC sobre os resultados do primeiro semestre do ano. De acordo com o documento, entre Janeiro e Junho os prejuízos da companhia situavam-se nos 69,2 milhões de dólares. Contas feitas, no espaço de apenas três meses o Twitter perdeu 64,6 milhões de dólares (47,7 milhões de euros).

Onde é que a rede de microblogging tem gasto o dinheiro? De acordo com a companhia, grande parte das despesas está relacionada com custos de Investigação & Desenvovimento (I&D). Nos primeiros nove meses do ano, o Twitter investiu 199,1 milhões de dólares (147 milhões de euros) em I&D, sendo que 87,3 milhões foram gastos no terceiro trimestre. A companhia tem vindo também a recrutar, sendo que já conta com cerca de 300 colaboradores.

Recorde-se que o Twitter pretende angariar mil milhões de dólares (738,6 milhões de euros) com a sua oferta pública inicial. No entanto, os resultados que têm sido avançados ao mercado podem levar os potenciais investidores a questionar a capacidade da companhia em gerar lucros. Além disso, o “fantasma” do Facebook, cujas acções têm vindo a desvalorizar desde a entrada em bolsa no ano passado, ainda está bem vivo…

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