
Raposeira e Murganheira lideram mercado português de espumantes
Movimentando 183 mil das 924 mil caixas vendidas por produtores nacionais, o mercado português de espumantes é liderado pela Raposeira, seguida pela Murganheira, segundo dados da empresa de estudos de mercado Nielsen avançados pelo Expresso. O Fita Azul e o Aliança são dois dos nomes que também se destacam nas posições cimeiras.
O total de 1,2 milhões de caixas comercializadas inclui ainda os subsegmentos de espumantes e champanhes importados, liderados pela Asti Gancia, de origem italiana, e pela francesa Moët & Chandon. De seguida no ranking, destaca-se o champanhe Mumm, sob a tutela da Pernod Ricard.
Em declarações ao Expresso, Fernando Ribeiro, director de marketing da Bacardi Martini, responsável pela comercialização de Moët & Chandon, assegura que o mercado de espumantes está a crescer entre 2% e 3%, devido ao aumento das situações de consumo.
Fernando Ribeiro reconhece que a situação financeira de 2009 afectou negativamente o segmento, tratando-se ainda assim de «uma crise pontual. A categoria, como um todo, quebrou em 2001 e depois começou a crescer em 2006», adianta, justificando a quebra com a diminuição generalizada das bebidas alcoólicas, fruto das campanhas de desincentivo do consumo.
Os espumantes da região francesa de Champagne sofreram o maior decréscimo, com -30%, devido ao seu elevado preço. O custo médio de €35 rivaliza com os €5,10 do espumante nacional Raposeira ou com os €8,88 do Murganheira, por exemplo.
Nos mercados asiáticos registou-se um aumento da procura de uma bebida com produção controlada e limitada à zona de Champagne. No emergente continente africano, Angola assume-se como o único país onde este segmento está a crescer, com os restantes mercados consumidores de champanhe, como é o caso do sul-africano, a apresentar já alguma maturidade.