Quer um avatar da Gucci? Marcas rendem-se às “peles” virtuais
Se o Fortnite ganhou mil milhões de dólares ao longo dos últimos dois anos a vender skins, ou seja “peles” virtuais que incluem peças de roupa e acessórios por exemplo, também outras marcas poderão tentar conquistar uma fatia deste novo mercado. É o caso da Gucci, que se juntou à Genies para oferecer aos utilizadores da sua aplicação móvel a possibilidade de criarem avatares.
A novidade parte, na verdade, da Genies, que tem dedicado os seus esforços ao desenvolvimento de representações virtuais e que agora diz ter criado um sistema 3D que pode ser usado em diferentes plataformas. A app da Gucci é uma delas, mas também a Giphy, plataforma que funciona como gerador de memes.
«O que era antes uma experiência exclusiva de celebridades, é agora amplamente disponível para os consumidores para que tenham as suas próprias identidades virtuais portáteis», esclarece Akash Nigam, co-fundador e CEO da Genies. Em declarações reportadas pelo TechCrunch, explica que abrir esta tecnologia às massas permite criar uma oportunidade para todos os que querem criar novas relações com as suas audiências.
No caso da Gucci, os utilizadores da app podem criar um avatar à sua imagem e experimentar as mais recentes novidades da marca de moda, havendo ainda a possibilidade de comprar bens digitais (skins) criados pela Genies que permitem personalizar a personagem.
«O futuro do retalho não será confinado por paredes mas continuará a evoluir através de um ecossistema digital melhorado, permitindo que os clientes experimentem artigos antes de os comprarem graças a avatars, realidade aumentada ou realidade virtual», afirma Robert Triefus, CMO da Gucci, citado pela AdAge.
Os utilizadores da Giphy, por seu turno, poderão usar os avatars como GIFs. Segundo o estudo “The Virtual Economy” da L’Atelier (BNP Paribas), o mercado das skins conta com mais de 2,5 mil milhões de pessoas que gastam aproximadamente 100 mil milhões de dólares neste tipo de produtos digitais.