Quem lidera o top mundial do retalho?
As receitas agregadas das 250 maiores empresas de retalho do mundo ascenderam a 4,31 milhões de milhões de dólares (4 milhões de milhões de euros) no ano fiscal de 2015. A conclusão é do estudo “Global Powers of Retailing 2017: The art and science of customers” da Deloitte, segundo o qual, as cadeias norte-americanas Wal-Mart Stores, Costco Wholesale Corporation e The Kroger se mantêm nos três primeiros lugares do ranking, respectivamente.
A alemã Schwarz Unternehmenstreuhand KG (dona do Lidl) também continua no quarto lugar que já ocupava anteriormente. As restantes posições, porém, apresentam algumas mudanças: Walgreens Boots Alliance (5º), The Home Depot (6º), Carrefou r (7º), Aldi Einkauf GmbH & Co (8º), Tesco (9º) e Amazon (10º). Destaque para a Amazon que entra, pela primeira vez, no top 10.
Face ao ranking global de retalhistas, a lista dos 10 maiores retalhistas equivale a 30,4% das receitas – cerca de 1,3 milhões de milhões de dólares (1,2 milhões de milhões de euros). Segundo o mesmo estudo, “a desvalorização cambial das principais divisas face ao dólar penalizou os retalhistas europeus no ranking deste ano”, passando de 93 posições para 85. A receita acumulada das empresas europeias também caiu 14% em relação ao ano anterior.
Pedro Miguel Silva, associate partner de consultoria da Deloitte, considera que este cenário explica o porquê dos retalhistas europeus serem os mais activos na procura de crescimento fora dos seus mercados de origem: «Cerca de 40% das suas receitas foram geradas em mercados externos no ano fiscal de 2015, o que representa mais do dobro da média de todas as empresas presentes no ranking.»
Em Portugal, a Jerónimo Martins e a Sonae são as empresas que mais se destacam, ficando em 64º e 175º no ranking global, respectivamente, sendo que ambas recuaram em relação à lista anterior. No top da Zona Euro, a Jerónimo Martins está em 19º e a Sonae em 41º.
Quanto ao segmento que mais cresceu este ano, mantém-se a tendência verificada nos dois exercícios anteriores, com os retalhistas de moda e acessórios a ultrapassar os restantes em termos de crescimento. Por outro lado, os retalhistas alimentares são os que têm maior dimensão, apresentando uma receita média de cerca de 21,6 mil milhões de dólares (20,2 mil milhões de euros) e maior representatividade no ranking (133 de 250).