Uma história de amor no regresso do Queer

Cinema, competição, música, festas e workshops unidos por um tema, a comunidade LGBT. É isto que os portugueses podem esperar da 19ª edição do Festival Queer Lisboa que arranca a 18 de Setembro, prolongando-se até dia 26 do mesmo mês, no Cinema São Jorge. Este ano, o destaque vai para o cinema brasileiro que conta com oito filmes em exibição e com a presença dos realizadores Filipe Matzembacher, Marcio Reolon e Tavinho Teixeira. O evento terá oito filmes em representação do cinema português.

Ao todo, os visitantes do Queer terão a oportunidade de assistir a 76 filmes de 34 países naquele que é o festival de cinema mais antigo da capital, de acordo com a organização. O evento tem sofrido alterações ao longo dos quase 20 anos de existência e alargou o seu âmbito a outros temas, fornecendo sempre, ainda assim, «um olhar queer ao mundo exterior», como explica João Ferreira, director artístico do festival. Agora, o Queer toma como suas «questões como a crise financeira e económica, as migrações, o terrorismo, a xenofobia, a falência dos regimes democráticos, os problemas ambientais, a fome, entre inúmeros outros desafios que o mundo enfrenta neste novo século», explica.

O Queer Lisboa conta com o apoio do Programa Media da Comunidade Europeia, sendo que é o único festival queer na Europa com este apoio. O evento é, por isso, financiado em parte pelo Programa Media mas também pela Câmara Municipal de Lisboa/EGEAC, pelo Instituto do Cinema e do Audiovisual e por alguns apoios privados.

A principal novidade este ano, no entanto, acontece no Norte do País. O Queer ruma, pela primeira vez, à Invicta para o Queer Porto – Festival Internacional de Cinema Queer, de 7 a 10 de Outubro. Em conjunto, os festivais de Lisboa e do Porto implicam um custo global de 170 mil euros, conseguido através de um financiamento directo de 150 mil euros e indirecto de 20 mil euros.

A campanha de publicidade conta, uma vez mais, com direcção criativa de Marcelo Lourenço e Pedro Bexiga, da Fuel. «Acho que é o melhor filme que já fizemos. E dizer isso depois de sucessos como o Pride Heart e o Coming Out parece um exagero», admite Marcelo Lourenço. Mas explica o porquê das suas palavras: «Talvez porque é um filme mais comportamental, mais emotivo… É diferente do ano passado que era um filme de humor.» Os directores criativos acreditam que se trata de um filme que «vai mexer com as pessoas». O filme “Obscene” tem pelo segundo ano consecutivo produção da Krypton e realização de Fred Oliveira que, nas palavras do director criativo da Fuel, «este ano se superou».

Veja o filme e tire as suas conclusões.

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