Queda da Netflix pode manter-se até 2026. A culpa é do aumento do custo de vida
Esta quarta-feira revelou-se negra para a Netflix que revelou uma perda total de 200 mil subscritores a nível mundial nos primeiros três meses de 2022, em comparação com o último trimestre do ano passado. Contudo, as más notícias não se ficam por aqui, já que a GlobalData prevê um contínuo decréscimo da quota de mercado do gigante do streaming até 2026.
Actualmente, a Netflix tem uma quota de mercado nos EUA de 25%. Dentro de quatro anos, essa percentagem deverá ser de apenas 16%, revelando uma perda da liderança das subscrições de video on-demand.
Charlotte Newton, Thematic analyst da GlobalData, comenta, em comunicado, que a nova realidade se deve ao regresso à normalidade depois de dois anos de pandemia e às crescentes dificuldades que os consumidores já começam a enfrentar devido à inflação e à subida do custo de vida.
«Os serviços de streaming têm de ajustar as suas expectativas e melhorar a sua oferta, de forma a impedir uma adicional ‘hemorragia’ de subscritores e competir com um mercado de subscrição de video on-demand cada vez mais fragmentado», afirma Charlotte Newton.
A profissional acrescenta ainda que a queda não é só relativa à Netflix, já que os cancelamentos de subscrições do Disney+ também triplicaram desde que o ano começou, quando comparado com o final de 2021.
«Os serviços de streaming são vistos como um luxo. Cada vez menos pessoas vão querer ter mais do que uma subscrição e vão tomar decisões com base no que cada plataforma tem para oferecer. A Netflix tem-se portado bem no que diz respeito ao catálogo. Contudo, é necessário diversificar a oferta, apostar em conteúdo de qualidade e manter os clássicos disponíveis.»