Quase metade dos portugueses não estão preparados para despesas inesperadas

consumoDe acordo com um estudo realizado pela TNS em associação com professores da Harvard Business School e do Colégio Dartmouth, sobre “Literacia Financeira e Comportamentos Financeiros de Risco”, metade dos consumidores em muitos dos países desenvolvidos lutam para fazer face a despesas inesperadas.

A análise realizada mostra que muitos dos consumidores, particularmente em Portugal, Reino Unido, Estados Unidos da América, Alemanha e México, não possuem actualmente recursos para fazer face a despesas inesperadas, como sejam uma súbita reparação do carro ou da casa ou ainda outros gastos menores relacionados com a saúde.

Em Portugal, quase metade dos inquiridos (44%) referiu que não teria possibilidade de pagar uma despesa inesperada de 1500 euros, nos próximos 30 dias. Já os luxemburgueses são os que se mostram mais confiantes, com 9 em cada 10 entrevistados a assumirem ter condições para avançar com dinheiro nesta situação. Em Itália, Holanda e Canadá cerca de 7 em cada 10 entrevistados mostram-se igualmente confiantes perante a possibilidade de enfrentarem uma despesa inesperada.

De acordo com Peter Tufano, da Harvard Business School, “estes números não são apenas reflexo do desemprego ou do número crescente de agregados familiares com menores rendimentos. Em muitos países existe uma fragilidade financeira generalizada, com um número significativo de consumidores da classe média extremamente vulneráveis a emergências financeiras súbitas”.

As poupanças são o primeiro recurso para ir buscar fundos de emergência na maioria dos países inquiridos, sendo o recurso mais provável na Holanda (89%) e no Luxemburgo (86%) mas também para cerca de metade dos respondentes na Alemanha, Estados Unidos da América, Reino Unido, Canadá e Portugal. Não surpreende pois o facto de serem o Luxemburgo, a Holanda e o Canadá, os países com maior incidência de consumidores com conta poupança.

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